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PF leva suspeito preso para área de buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips

Polícia investiga desaparecimento de indigenista brasileiro e jornalista estrangeiro

15 jun 2022 - 13h33
(atualizado às 14h00)
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Polícia Federal leva suspeito para local do desaparecimento de Bruno Araujo Pereira e Dom Phillips
Polícia Federal leva suspeito para local do desaparecimento de Bruno Araujo Pereira e Dom Phillips
Foto: Wilton Junior / Estadão

Um dos presos por suspeita de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi levado pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira, 15, para a área de buscas no rio Itaquaí.

O homem foi levado da delegacia de Atalaia do Norte (AM) para o porto da cidade, principal acesso às terras indígenas do Vale do Javari, e colocado em um carro da Polícia Federal e embarcou usando boné, máscara de proteção fácil e um casaco com capuz.

Os policiais que atuam no caso não quiseram confirmar se o homem decidiu revelar informações que podem elucidar o caso, considerado suspeita de homicídio. Mais cedo, os agentes incluíram um cão farejador na equipe de buscas.

Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever. Uma das linhas de investigação da polícia é que Pereira e Philips podem ter sido vítimas de grupos que atuam com pesca ilegal na área

Ainda nesta quarta-feira, a PF deve divulgar resultado de testes de DNA feitos em vestígios humanos que foram encontrados durante as investigações. Parentes de Pereira e Phillips cederam amostras para comparação.

Como revelou o Estadão, a Terra Indígena do Vale do Javari tem apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública para atuar no patrulhamento da área de 85 mil quilômetros quadrados. A região é alvo de cartéis de drogas e armas que agem na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. A reportagem identificou ao menos seis pedidos feitos neste ano ao governo para o reforço da proteção na região. Organizações criminosas usam os rios da região para o narcotráfico.

Estadão
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