O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, convidou as principais lideranças do protesto, que na última segunda-feira levou 100 mil pessoas às ruas da capital fluminense, para um diálogo na sede da prefeitura, no início da noite de hoje. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da prefeitura, que adiantou ainda que, até o momento da publicação desta reportagem, nenhum dos três líderes identificados pela equipe do prefeito confirmou presença no encontro.
A reportagem do Terra entrou em contato com um dos líderes do movimento na capital fluminense, o estudante de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro Tadeu Alencar, 22, diretor dos membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que confirmou o convite e explicou que os estudantes do núcleo da UFRJ ainda vão se reunir para saber se encontrarão com o prefeito para apresentar eventuais reivindicações.
"Vai depender da disposição da galera e até que horas o prefeito vai estar disponível para hoje. Nossa prioridade é a reunião para discutirmos os próximos passos do ato da próxima quinta-feira", explicou o estudante. Um novo manifesto está marcado, ainda sem localidade e percurso definidos.
Após o ato de ontem, que ao mesmo tempo em que lotou as ruas do centro do Rio de Janeiro de forma pacífica promoveu também destruição, o prefeito Eduardo Paes legitimou o protesto, mas criticou os atos violentos. O governo do Estado, na figura do governador Sérgio Cabral, segue em silêncio.
Os protestos que se espalharam por todo o País tiveram como estopim o aumento das tarifas de ônibus municipais. No Rio de Janeiro, o valor da passagem saltou de R$ 2,75 para 2,95, incluindo os veículos com ar condicionado. Assim como Sérgio Cabral, Eduardo Paes tem sido bastante hostilizado pelos manifestantes em todas as passeatas realizadas até aqui no Rio.
