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Novo protesto leva 2 mil pessoas às ruas do centro de Brasília

Deputado diz que não será permitida ocupação da marquise do Congresso amanhã

19 jun 2013 - 19h49
(atualizado às 20h24)
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Enquanto os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro anunciavam a revogação do reajuste das tarifas do transporte público, cerca de 2 mil manifestantes bloqueavam mais uma vez uma das principais vias de Brasília em protesto a favor do passe livre. Após concentração na rodoviária do Plano Piloto, o protesto ocupou parte do Eixo Monumental, passou pela W3 Sul até chegar ao Eixão. A ideia inicial era que fosse até o Palácio do Buriti, sede do governo local, mas os organizadores alteraram o trajeto diversas vezes.

Mesmo com um número bem menor de manifestantes que o registrado na última segunda-feira, quando 10 mil pessoas ocuparam o gramado central da Esplanada dos Ministérios e subiram na marquise do Congresso Nacional, a Polícia Militar destacou 680 homens para acompanhar a ação. O trânsito não foi afetado porque o governo do DF decretou ponto facultativo por causa do jogo da seleção brasileira.

Repetindo o que vem ocorrendo em outras manifestações, parte do grupo entrou em confusão com a organização do protesto por insistir em usar bandeiras partidárias. Havia ainda cartazes cobrando a instituição do passe livre no transporte público do DF e outros diziam "amanhã vai ser pior", em referência à manifestação programada para ocupar novamente a Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira.

Segurança reforçada

Mais cedo, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), afirmou que conversou com o governador Agnelo Queiroz para garantir a integridade do Congresso na manifestação de amanhã. Ele garantiu que não será permitida a ocupação da marquise do prédio, como ocorreu na segunda-feira.

"Temos aqui um patrimônio do povo brasileiro e vamos protegê-lo. Não será permitida nenhuma ocupação de prédio, da área superior, isso coloca as pessoas em risco. A ocupação (de segunda-feira) nos deixou muito temerosos. Vamos respeitar a manifestação, mas vamos trabalhar de forma tranquila e serena para que não haja depredação do patrimônio público nem coloque em risco a vida dessas pessoas", afirmou Vargas.

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Passe livre

Nesta quarta-feira, representantes do Movimento Passe Livre (MPL) e o secretário de Transportes do DF, José Vazquez Filho, tiveram uma reunião para discutir a implantação do sistema de transporte público gratuito na capital do País. A estimativa é que a implantação do modelo universal de acesso ao transporte sem tarifas custe cerca de R$ 130 milhões por mês. Atualmente, estudantes do DF de todos os níveis têm isenção total de tarifa entre a escola e a residência. Idosos e acompanhantes também não pagam passagens de ônibus nem metrô.

"Este governo não é contra a tarifa zero, não acreditamos que seja inviável, nem impossível. O que acreditamos é que essa é uma questão que a população deve discutir, debater amplamente já que teria profundos impactos na vida de todos. A sociedade tem que dizer quem vai pagar essa conta. Se o transporte é um direito e há a visão de que o coletivo tem primazia sobre o individual, as pessoas devem decidir de que forma isso deve ser implantado", disse o secretário.

Durante a reunião, o governo também decidiu que não vai reajustar as tarifas de ônibus, congeladas há quase sete anos. Atualmente, o DF passa pelo primeiro processo de licitação para trocar todos os ônibus em circulação - alguns rodam há mais de 50 anos.

Outra demanda do MPL também está sendo estudada pelo governo, que é a circulação de ônibus em todo o DF durante 24h por dia. "Essa é uma questão já incluída na licitação do novo sistema que começa a circular no próximo mês e estará completamente implantado na primeira semana de dezembro", garantiu o secretário de Transportes do DF.

Fonte: Terra
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