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Metanol afetou bebidas caras, diz Tarcísio: 'No dia que falsificarem Coca-Cola, vou me preocupar'

SP tem o maior nº de casos investigados e mortes por suspeita de intoxicação pela substância; governo investiga adulteração

7 out 2025 - 06h33
(atualizado às 10h31)
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nessa segunda-feira, 6, que o problema de contaminação com metanol tem afetado bebidas destiladas caras, como uísques de marca (esses produtos costumam render mais lucros para os criminosos).

Por não ser adepto de bebidas alcoólicas, o governador fez uma brincadeira e disse que iria se preocupar quando adulterassem refrigerantes.

"Ainda bem que não chegaram nesse ponto. Coca-Cola, até aqui, não... E a minha é a normal", continuou.

Nesta terça-feira, 7, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também se reúne com a indústria de bebidas e com entidades de combate à falsificação para tratar de medidas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem 17 casos de intoxicação por metanol confirmados - 15 deles em São Paulo - e outros 200 em investigação.

Na noite dessa segunda-feira, a prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, confirmou a morte cerebral de uma mulher de 30 anos que estava internada desde o fim de setembro. Os exames constataram a intoxicação por metanol.

O óbito de Bruna Araújo ainda não entrou no balanço federal, divulgado antes da confirmação da morte por parte da administração municipal.

Também nesta segunda, Tarcísio e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciaram que a Polícia Civil identificou a presença de metanol em bebidas alcoólicas apreendidas em duas distribuidoras do Estado.

Elas estão na lista de 11 estabelecimentos — que inclui bares, adegas e mercados —interditados sob a suspeita de vender bebida adulterada.

Ao todo, 20 suspeitos de envolvimento na manipulação de bebidas foram presos esta semana, conforme o governo. Os detidos não teriam relação entre si e não são parte de uma mesma quadrilha. Ainda não há indícios de que esse grupo está por trás da atual crise de contaminação pelo metanol.

Tarcísio afirmou ainda que pretende ampliar o controle sobre o comércio de bebidas e as fiscalizações nos locais onde os produtos são distribuídos e vendidos. Ele destacou a criação de um programa de qualidade, com distribuições de selos aos comerciantes, com o objetivo de dar mais segurança a consumidores no momento da compra.

O Estado de São Paulo adquiriu 2,5 mil ampolas do antídoto utilizado no tratamento contra a contaminação. Tarcísio disse que os medicamentos já estão disponíveis para uso.

Estadão
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