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Justiça decreta prisão de suspeitos do assassinato de Moïse

Trio foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e usar meio cruel; um dos presos confessou crime em vídeo, mas negou intenção de matar o congolês

2 fev 2022 - 11h20
(atualizado às 11h52)
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Local onde o congolês Moïse Kabagambe foi brutalmente assassinado
Local onde o congolês Moïse Kabagambe foi brutalmente assassinado
Foto: Sergio Moraes / Reuters

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de três acusados de participarem do assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, na semana passada. Os três homens foram presos na terça-feira, 1º. Os nomes deles ainda não foram divulgados oficialmente, e o caso tramita em sigilo.

A autorização da prisão foi concedida pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do Plantão Judiciário. O trio foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e por uso de meio cruel.

Segundo parentes, Moise Kabagambe morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho em quiosque da Barra da Tijuca. 
Segundo parentes, Moise Kabagambe morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho em quiosque da Barra da Tijuca.
Foto: Facebook/Reprodução / Estadão

Um dos presos é Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, que se apresentou à polícia na tarde de terça-feira. Antes, ele gravou um vídeo admitindo a participação nas agressões que resultaram na morte de Moïse. Negou, porém, a intenção de matá-lo.

"Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça, porque ele era negro ou alguém devia a ele. Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor, e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida", afirmou Alisson no vídeo.

Outros dois homens, conhecidos pelos apelidos Tota e Belo, também foram identificados como participantes do espancamento do congolês. Ele levou pauladas e golpes de taco de beisebol, e chegou a ser amarrado enquanto era agredido.

Estadão
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