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Força-tarefa retira material acumulado durante 20 anos por moradora de Salto (SP)

Em três dias, cerca de 30 toneladas de lixo foram retiradas do local em seis caminhões. Desde os anos 1990, senhora recolhia roupas, objetos e madeira que acreditava ter algum valor

24 jul 2019 - 18h57
(atualizado às 19h00)
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SOROCABA - Há três dias, uma força-tarefa montada pela prefeitura retira lixo e material inservível acumulado durante 20 anos na própria casa por uma moradora, em Salto, interior de São Paulo. A remoção começou na segunda-feira, 22, depois que o marido da acumuladora colocou parte do material na calçada do imóvel, no bairro Três Marias. Até a tarde desta quarta-feira, 24, tinham sido retirados seis caminhões - algo em torno de 30 toneladas de material.

O trabalho não tem prazo para ser encerrado
O trabalho não tem prazo para ser encerrado
Foto: Defesa Civil/Divulgação / Estadão

De acordo com o aposentado Benedito Togni, de 82 anos, sua esposa, uma idosa de 77 anos, começou a recolher material e levar para casa depois que a mãe dela faleceu, no final da década de 1990. Ela passou a recolher diariamente roupas, objetos, papéis e pedaços de madeira que acreditava terem algum valor. Com o passar dos anos, todas as partes da casa ficaram lotadas.

A situação chegou a um ponto em que Benedito foi obrigado a quebrar o muro para entrar em casa, pois o portão não abria devido ao acúmulo de lixo. Na segunda, a força-tarefa formada pela Defesa Civil, Guarda Municipal e secretarias do Meio Ambiente e Ação Social obteve autorização do proprietário para fazer a retirada. O material está sendo encaminhado para reciclagem ou deposição em aterro sanitário.

O trabalho não tem prazo para ser encerrado. A prefeitura informou que a idosa é atendida regularmente pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps II), devido ao transtorno, classificado como uma doença mental. Conforme o município, o Departamento de Zoonoses já havia feito visitas para orientar a mulher sobre o risco de acumular materiais que poderiam abrigar animais peçonhentos e o mosquito da dengue, além de tornar a moradia insalubre. Após o fim da remoção do lixo, agentes da Secretaria da Saúde e da Ação Social acompanharão o caso periodicamente.

Estadão
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