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Escalador morre após despencar 70 m de pedra na região serrana do Rio

Homem tentava escalar pedra do Cão Sentado, em Nova Friburgo, e não teria respeitado regras de segurança

31 mai 2013 - 16h57
(atualizado às 16h57)
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Um escalador de 29 anos morreu na tarde de quinta-feira ao cair de uma altura de 70 metros no Parque Ecológico Cão Sentado, em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro. Segundo a direção do parque, ele escalava a encosta da pedra do Cão Sentado, tradicional cartão-postal da região, quando se desequilibrou e caiu. Ele não portava equipamentos de segurança obrigatórios.

Jomar da Silva Amorim chegou ao parque acompanhado de um grupo de outras oito pessoas. De acordo com a direção do parque, os visitantes entraram como turistas e não se identificaram como escaladores, procedimento padrão de segurança. "Por volta das 13h apareceram os Bombeiros falando que houve três pedidos de socorro no Cão Sentado. Nós não sabíamos de escalada porque não haviam se apresentado na portaria. Normalmente, nós pedimos a carteirinha da associação, comprovando que se tratam de alpinistas profissionais, e um termo de responsabilidade. Nós não temos como acompanhar as atividades na parte alta do parque, existe até mesmo uma placa em que nós não recomendamos a prática de escalada", afirmou o diretor do parque, Ronaldo de Amorim.

Auxiliados pelo grupo de resgate do parque, os bombeiros localizaram o corpo logo em seguida. "No local encontramos o cunhado da vítima, chamado Zico, que era o guia do grupo. Ele disse ter 20 anos de experiência em escaladas, e a vítima teria cinco. O Zico prontamente admitiu que se tratou de uma falha humana", disse o diretor.

De acordo com Ronaldo de Amorim, a vítima não obedeceu regras básicas de segurança em escaladas. "O Zico contou que chegou no mirante primeiro, junto de outras três pessoas. Quatro ficaram na base de apoio, e o (Jomar) Amorim estava a cerca de 70 metros de altura, a poucos metros de chegar no ponto de encontro. O guia afirmou que a vítima não usava o backup (cabo de segurança) nem capacete. Por excesso de confiança, ele foi se prender no mosquetão, não alcançou, se desequilibrou e caiu 70 metros. Ele morreu na hora", afirmou Ronaldo.

A direção do parque reitera que toda prática esportiva de alto risco deve ser comunicada, de forma a agilizar o socorro em casos de emergências. "Se o grupo assina o termo e já é profissional, ele está assumindo a responsabilidade. Mas é lógico que podemos ajudar em caso de emergência. Disponibilizamos um número de telefone para contato direto, para agilizar tudo. Agora ele cometeu erros primários de segurança. É uma coisa que qualquer escalador sabe que precisa fazer", disse o diretor.

Fonte: Terra
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