Empresário, casado com blogueira: quem é homem preso com R$ 61 milhões em barras de ouro dentro de Hilux
Bruno Mendes de Jesus dirigia uma Toyota Hilux, ano 2024, quando foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF)
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Empresário rondoniense Bruno Mendes de Jesus foi preso com 103 kg de ouro avaliados em R$ 61 milhões em uma Hilux, em Roraima; a investigação apura origem e destino do ouro.
O homem de 30 anos, preso em flagrante com mais de 100 barras de ouro maciço, é o empresário Bruno Mendes de Jesus, de Rondônia (RO). Ele dirigia uma Toyota Hilux, ano 2024, quando foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Bruno passava pela BR-401 quando foi abordado pelos policiais na altura da Ponte dos Macuxis, que atravessa o rio Branco, em Roraima, ligando a capital Boa Vista a outros municípios.
No veículo com ele, estavam sua esposa, a influenciadora digital Suzy Alencar --que, após a prisão do marido, privou a conta do TikTok, onde tem 31,5 mil seguidores, e apagou a conta do Instagram, onde tinha cerca de 27 mil seguidores-- e o filho do casal, de nove meses.
A apreensão de 103 kg de ouro é considerada a maior da história. O montante foi avaliado em pelo menos R$ 61 milhões. De acordo com o governo federal, o carro vinha de Rondônia e teria como possível destino a Venezuela ou o Guiana
Ao abordar o veículo, os policiais encontraram inconsistências na documentação e iniciaram uma averiguação mais detalhada. Durante a fiscalização, foi localizada uma pequena quantidade de ouro, que motivou uma busca mais aprofundada no veículo. Em compartimentos ocultos, os agentes encontraram 100 barras de ouro.
Ao Terra, o advogado Smiller Rodrigues de Carvalho, que representa Bruno, afirmou que o cliente é réu primário, tem bons antecedentes e é o único responsável pelo sustento da família, que, segundo a defesa, se encontra em situação de fragilidade social.
“Trata-se de trabalhador que, como milhares de brasileiros, atua em atividades relacionadas ao setor mineral, que embora possam se desenvolver em áreas de tensão regulatória, são, para muitos, meio de subsistência e única alternativa de sobrevivência”, disse, por meio de nota.
“Não se pode ignorar que o garimpo, ainda que careça de regularização em diversos casos, é responsável pela sobrevivência de milhares de famílias em regiões afastadas e desassistidas pelo Estado, sendo, portanto, uma questão social complexa que demanda políticas públicas estruturadas e soluções legais e não apenas uma repressão penal simplista”, acrescentou o advogado.
A defesa também afirma que, no decorrer do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos, que Bruno está à disposição da Justiça e enfrentará as acusações “com serenidade”.
A investigação será conduzida pela Polícia Federal, que vai apurar a origem, o destino e a propriedade do ouro.
