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Chuvas podem aliviar situação do Sistema da Cantareira

Reservatórios da Cantareira chegaram nesta quinta-feira a mais baixa histórica, de 16% da capacidade

6 mar 2014 - 16h15
(atualizado às 16h18)
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A previsão do tempo aponta chuvas significativas na cabeceira do Sistema da Cantareira, no sul de Minas Gerais, durante esta semana, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As chuvas podem amenizar a situação crítica dos reservatórios da Cantareira, que chegaram nesta quinta-feira a mais baixa histórica, de 16% da capacidade. Esse é o menor nível registrado nos 39 anos de operação do sistema.

De acordo com o Inmet, as precipitações, que devem ser superiores a 50 milímetros, começam hoje e persistem até sábado (11), nas cidades de Camanducaia, Extrema, Sapucaí-Mirim, Joanópolis e Nazaré Paulista. Os rios que nascem nessa região fornecem água para 9 milhões de pessoas da Grande São Paulo e para as bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

O comitê anticrise montado para gerenciar a situação da Cantareira, emitiu um relatório no último dia 18, com simulações sobre o que pode ocorrer com o nível dos reservatórios nos próximos meses, se não forem adotadas medidas emergenciais. Na pior das hipóteses, o volume útil se esgotaria em agosto deste ano, e a Grande São Paulo passaria a ser abastecida pelo volume morto, ou seja, a parte do reservatório que não é alcançada atualmente pelas bombas.

Apesar da gravidade do problema, o Departamento de Águas e Energia Elétrica divulgou nota dizendo que o comitê, formado também por representantes da Agência Nacional de Águas e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), nunca orientou racionamento.

"O Grupo Técnico de Assessoramento para gestão do Sistema Cantareira, apesar de sua relevância, tem apenas caráter consultivo e sequer recomendou um dia especifico para eventual redução do volume de captação de água pela Sabesp no Sistema Cantareira", diz o comunicado.

Além da Cantareira, outros cinco sistemas integram o complexo de abastecimento da Grande São Paulo. O volume de água verificado hoje no Alto Tietê foi de 38,3%, no Sistema Guarapiranga foi de 68,7%, no Alto Cotia foi de 56,3 %, no Rio Grande foi 94,3% e no Sistema Rio Claro foi de 92,3%.

Agência Brasil Agência Brasil
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