Bando especializado em roubo a residências é preso no Morumbi; região lidera assaltos a casas em SP
Grupo era foragido da Justiça e transportava arma, placas clonadas, pé de cabra e controles de portão eletrônico; defesas não foram localizadas
Três homens foragidos da Justiça foram presos domingo, 3, no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo. Eles estavam em um carro onde havia equipamentos que, segundo a Polícia Militar, seriam usados em roubos a residências, um dos crimes pelos quais já haviam sido condenados.
Segundo a PM, durante patrulhamento de rotina, policiais desconfiaram de um carro que trafegava em alta velocidade. Os agentes ordenaram que o veículo parasse, mas o motorista tentou fugir e acabou batendo em outro veículo.
O carro foi cercado pelos PMs e dentro dele havia quatro homens - três deles com mandados de prisão pelos crimes de latrocínio, roubo, tráfico de drogas, cárcere privado e lesão corporal. O quarto integrante não tinha antecedentes criminais e foi liberado. As identidades dos homens presos não foram divulgadas, o que impediu que a reportagem localizasse as defesas dos suspeitos.
Dentro do carro havia:
- um revólver
- munições
- um simulacro de pistola
- placas clonadas
- controles de portões automáticos
- luvas
- chaves de fenda
- fita adesiva
- um pé de cabra
O carro está envolvido em uma denúncia de estelionato. A arma apreendida havia sido roubada durante um assalto a uma casa em Pinheiros, na zona oeste.
O trio foi encaminhado ao 89.º Distrito Policial, onde o caso foi registrado como porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, adulteração de sinal identificador de veículo, receptação e captura de procurado. Eles permanecem à disposição da Justiça.
Morumbi é líder em roubo de residências
Conforme mostrou reportagem do Estadão, o Morumbi foi a região que mais registrou roubos a residências no 1° trimestre deste ano, segundo estatísticas da Secretaria da Segurança.
O grande número de imóveis de alto padrão associado à baixa circulação de pessoas nas ruas em alguns períodos do dia e da noite favorecem a ação das quadrilhas.
Foram 9 casos de janeiro a março, dois a menos do que no mesmo período de 2024, quando a região já figurava no topo da lista.