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Bolsonaro quer tipificar atos do MST como terrorismo

Candidato pelo PSL citou uma das primeiras medidas se eleito e garantiu debate antes de envio de propostas ao Congresso Nacional

21 out 2018 - 15h03
(atualizado às 16h18)
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O candidato ao Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo que não encaminhará nenhuma proposta ao Congresso Nacional sem antes debater com seus integrantes e citou como uma das primeiras medidas um projeto para tipificar atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) como terrorismo.

Bolsonaro afirmou ainda que não pretende enviar nenhuma proposta ao Congresso sem antes debater
Bolsonaro afirmou ainda que não pretende enviar nenhuma proposta ao Congresso sem antes debater
Foto: Vanessa Ataliba / Agência O Dia / Estadão Conteúdo

Segundo o presidenciável, deputado federal em seu sétimo mandato, a ideia é apresentar um pacote de medidas já no início do governo, 90% delas dependentes de aprovação do Legislativo.

"Não vamos apresentar nada sem conversar com os parlamentares. Pretendo ter a certeza que essas propostas serão aprovadas de forma racional por parte do Parlamento", afirmou o candidato em entrevista à TV Band divulgada em vídeo de sua equipe em seu perfil do Twitter.

"Não queremos a política adotada pelo PT, como tentou comprar no passado — e comprou, né — durante o primeiro governo Lula através do mensalão."

Segundo ele, um dos primeiros setores a ser beneficiado pelas medidas seria o da Agropecuária, com projetos que garantam segurança jurídica ao produtor, e o respeito à propriedade privada, tanto urbana quanto rural, "sagrada", nas palavras do candidato.

"Queremos tipificar as ações do MST e do MTST como terrorismo", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que há outras medidas a serem apresentadas que não serão "traumáticas", na sua opinião.

O candidato aproveitou para confirmar que sua equipe estuda um programa de desoneração da folha de pagamento mais amplo do que o executado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

"Está estudado, tem estudo sim. Até porque não queremos fazer como governos anteriores onde apenas setores que interessavam, a gente chama de amigo do rei, foram contemplados com isso", disse Bolsonaro. "Eu acho que a desoneração tem que atingir de forma positiva todo o setor produtivo brasileiro."

O candidato do PSL negou, no entanto, que tenha recuado da ideia de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente em uma única pasta, a ser comandada por nome indicado pelo setor produtivo, levando em conta os parlamentares ligados ao tema.

"Até o momento está garantida essa fusão. Eu tenho dito, inclusive, que o ministro desse super ministério será indicado pelo setor produtivo. Logicamente que a bancada do Agronegócio e que trata também da Agricultura Familiar terá seu peso nessa indicação."

Sobre a reforma que pretende promover na máquina pública, adiantou que pretende cortar pelo menos metade dos cargos comissionados atuais.

"Achamos que o número é exagerado para as necessidades do Brasil."

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