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Após ser baleado, Cid Gomes está na UTI e tem quadro estável

Episódio provocou polêmica entre Ciro Gomes e Eduardo Bolsonaro

20 fev 2020 - 09h06
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Após ser baleado nesta quarta-feira (19) durante um motim de policiais em Sobral, no interior do Ceará, o senador Cid Gomes está estável e não sofre risco de morte, segundo divulgado pelo Hospital do Coração.

Após ser baleado, Cid Gomes está na UTI e tem quadro estável
Após ser baleado, Cid Gomes está na UTI e tem quadro estável
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

    Cid está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, e se encontra "lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos. Ele apresenta "boa evolução clínica" e já realizou tomografia na Santa Casa de Sobral, informou o boletim médico. Segundo o irmão de Cid, o ex-governador Ciro Gomes, afirmou em uma rede social que o senador licenciado "não corre risco de morte", foi atingido por "dois tiros de arma de fogo" e que os disparos "não atingiram órgãos vitais apesar de terem mirado seu peito esquerdo".

    Cid foi baleado ontem (19) em Sobral, no interior do Ceará, durante um protesto de policiais militares, enquanto dirigia uma retroescavadeira para tentar furar o bloqueio dos agentes que protestam contra a proposta de reestruturação salarial feita pelo governo. O caso provocou uma troca de farpas entre um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e o irmão do senador, Ciro Gomes. Em sua conta na rede social, o deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que Cid teve uma "atitude insensata" ao tentar invadir o batalhão da PM. "[Ele] Tenta invadir o batalhão com uma retroescavadeira e é alvejado com um projétil de borracha. É inacreditável que um Senador da República lance mão de uma atitude insensata como essa, expondo militares e familiares a um risco desnecessário em um momento já delicado", escreveu. A declaração, no entanto, foi rebatida pelo ex-candidato à Presidência Ciro Gomes. "Deputado Eduardo Bolsonaro, será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro". Eduardo, por sua vez, retrucou o comentário do pedetista, ressaltando que "nem 4 horas que o irmão foi alvejado após tentar atropelar dezenas de policiais, mulheres e crianças com uma retroescavadeira, e o coroné já usa o caso para fazer política. Talvez porque, a essa altura, só assim consegue ter relevância. Patético".

    A polêmica também contou com a manifestação do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, que afirmou que "o que mata não são armas de fogo legais, mas a pessoa que está disposta a cometer o crime, seja com que ferramenta for". "Democraticamente estou desarmado, mas vou passar com um trator em cima de você. Aceite, ou senão é ditadura!", acrescentou. Após o episódio envolvendo o senador, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, atendeu o pedido do governador do estado, Camilo Santana, e autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Ceará. No documento, Moro disse ter recebido informações "sobre movimento paredista da polícia do estado" e um pedido para enviar a "Força Nacional de Segurança Pública para colaborar com as forças de seguranças estaduais na garantia da lei e da ordem".

Ansa - Brasil   
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