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Bolsonaro volta a convocar apoiadores para saírem às ruas no 7 de Setembro

Presidente afirmou no Recife que atos no próximo mês serão 'um movimento do povo brasileiro, que não abre mão da sua liberdade'

6 ago 2022 - 15h59
(atualizado às 17h31)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar seus apoiadores a saírem às ruas no dia 7 de setembro, quando se celebram os 200 anos da Independência do Brasil. Em discurso neste sábado, 6, no Recife, o chefe do Executivo repetiu ataques a governadores, disse que o País tem hoje uma das gasolinas mais baratas do mundo e acenou para o eleitorado conservador.

"Temos algo tão ou mais importante que a própria vida: a nossa liberdade. E a grande demonstração disso, eu peço a vocês, que seja explicitada no próximo dia 7 de setembro. Estarei às 10h da manhã em Brasília, num grande desfile militar, e às 16h, em Copacabana, no Rio de Janeiro", declarou Bolsonaro, a uma plateia de apoiadores. O presidente estava acompanhado do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, candidato a senador em Pernambuco.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de motociata no Recife neste sábado, 6. Foto: Pedro de Paula/Código19

Nas últimas semanas, o chefe do Executivo tem tentado mobilizar sua base para a realização de atos no 7 de setembro, a menos de um mês do primeiro turno das eleições. Bolsonaro tem dito que Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros vão participar do desfile em Copacabana, no Rio. Nesta sexta-feira, 5, contudo, o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), confirmou que a parada militar será na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como ocorre tradicionalmente.

"Esse movimento não é político. Esse movimento não é de A, nem de B, nem de C. É um movimento do povo brasileiro, que não abre mão da sua liberdade, que defende a liberdade, a sua democracia e também de todos aqui no Brasil", disse Bolsonaro.

No 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro foi a manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não obedeceria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração gerou uma crise institucional do País, apaziguada com uma carta pública de recuo divulgada por Bolsonaro e escrita pelo ex-presidente Michel Temer.

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Neste sábado, Bolsonaro disse que o Brasil é "um dos melhores" países do mundo quando se fala de economia. "Basta ver os preços dos combustíveis, que estão altos ainda no mundo todo, e nós baixamos para ter uma das gasolinas mais baratas do mundo", declarou, a apoiadores. O presidente também aproveitou para criticar, como faz com frequência, os governadores. "Vamos, cada vez mais, impondo a nossa política no Brasil. Chega de governadores faturarem com o ICMS de vocês."

O presidente ainda voltou a reafirmar os valores conservadores. Bolsonaro reiterou que é "a favor da família", contra o aborto, a legalização das drogas e o que chama de "ideologia de gênero". Nas ruas do Recife, ele fez uma motociata.

A primeira-dama Michelle também discursou neste sábado, na Marcha para Jesus, no Recife, ao lado de Bolsonaro. A participação de Michelle em atos com o chefe do Executivo é vista pela campanha à reeleição como um trunfo para conquistar votos de mulheres religiosas. O presidente possui índices baixos de popularidade no público feminino.

"O grande rei, o presidente maior é o nosso senhor Jesus Cristo. Um beijo no coração de cada um de vocês e vamos continuar louvando o nosso Deus", disse Michelle, na Marcha. Bolsonaro, por sua vez, voltou a afirmar que ser presidente é uma "missão" divina. "É muito bom estar entre aqueles que têm Deus no coração. Agradeço a Deus pela minha vida e pela missão dele de ser o presidente da República de vocês", declarou.

Estadão
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