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Bolsonaro cita Renca e diz que riquezas serão usadas para bem-estar da população

12 abr 2019 - 12h51
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta sexta-feira, a exploração de recursos naturais e citou a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), cuja tentativa de extinção pelo governo passado gerou repercussão internacional negativa.

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília
09/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília 09/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em discurso durante cerimônia de inauguração do novo aeroporto de Macapá, Bolsonaro disse que as riquezas "que Deus nos deu" serão utilizadas por seu governo para o "bem-estar da população". O presidente já disse diversas vezes que defende uma exploração "racional" da Amazônia.

"A Renca é nossa", afirmou. "Vocês não terão problema com o ministro do Meio Ambiente, nem com o de Minas e Energia, nem com outro qualquer, porque o nosso ministério, pela primeira vez na República, todos se entendem e todos falam a mesma língua: um Brasil melhor para todos nós", disse.

A Renca é uma área de mais de 46 mil quilômetros quadrados criada em 1984 e bloqueadas aos investidores privados, o que significa que só o governo pode conduzir trabalhos de pesquisa geológica para avaliar ocorrências de cobre e minerais associados, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.

Após o estabelecimento da reserva, foram criadas reservas indígenas e unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável, que restringem a mineração na área.

Em setembro de 2017, o governo do então presidente Michel Temer emitiu um decreto que extinguia a Renca com a alegação da necessidade de "atrair investimentos para o setor mineral, inclusive para explorar o potencial econômico da região", mas a medida foi desfeita após repercussão negativa entre ambientalistas do Brasil e do exterior.

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