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Ataque a mesquitas desgasta reputação de segurança e tolerância da Nova Zelândia

15 mar 2019 - 10h11
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Um massacre a tiros em duas mesquitas da Nova Zelândia durante as orações desta sexta-feira horrorizou os moradores da nação do sul do Pacífico, conhecida por seus níveis baixos de violência armada e por sua reputação de segurança e tolerância.

Mesquita de Al Noor, em Christchurch, em foto de 2014
REUTERS/SNPA/Martin Hunter
Mesquita de Al Noor, em Christchurch, em foto de 2014 REUTERS/SNPA/Martin Hunter
Foto: Reuters

Foram mortas 49 pessoas e mais de 20 ficaram gravemente feridas nos ataques em Christchurch, disse o comissário da polícia neozelandesa, Mike Bush.

Imagens de vídeo amplamente divulgadas em redes sociais, aparentemente gravadas por um atirador e publicadas ao vivo na internet durante o ataque, mostraram o agressor dirigindo até uma mesquita, entrando e atirando aleatoriamente nas pessoas em seu interior.

"Está claro que isso agora só pode ser descrito como um ataque terrorista", disse a primeira-ministra, Jacinda Ardern, acrescentando ser um dos dias mais sombrios da Nova Zelândia.

"Muitos daqueles que teriam sido afetados por este ataque a tiros podem ser imigrantes para a Nova Zelândia. Eles podem até ser refugiados aqui. Eles decidiram fazer da Nova Zelândia seu lar, e ela é o seu lar".

O site de debates 8chan, conhecido por uma gama ampla de conteúdos, inclusive discursos de ódio, publicou uma postagem anônima que a conectava à transmissão ao vivo do atirador em uma das duas mesquitas e a um "manifesto" criticando a imigração.

O manifesto disse que inicialmente a Nova Zelândia não havia sido escolhida para o ataque, mas que foi identificada como um "alvo rico de um ambiente como qualquer outro no Ocidente".

Um ataque na Nova Zelândia mostraria "que nenhum lugar do mundo é seguro, que os invasores estão em todas as nossas terras, nas áreas mais remotas do mundo e que não há mais para onde ir que seja seguro e livre da imigração em massa", disse o manifesto.

A Reuters não conseguiu confirmar a autenticidade do manifesto.

Paul Buchanan, ex-analista de inteligência e de políticas de defesa hoje na consultoria 36th Parallel Assessments, disse que a ameaça de grupos neonazistas da Nova Zelândia é bem conhecida.

"Christchurch tem uma comunidade de supremacistas brancos muito ativa, uma comunidade que atacou refugiados e pessoas de cor em diversas ocasiões ao longo dos últimos 20 anos", disse ele à Rádio Nova Zelândia.

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