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Asteroide ou cometa: uma distinção importante

30 set 2018 - 12h32
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No momento em que sondas chegam pela primeira vez num asteroide, vale saber o que o distingue de um cometa. Não só tamanho, distância e composição: uns talvez tenham trazido vida à Terra; outros, extinções em massa.Cientistas espaciais acreditam que os asteroides, assim como os cometas e outros corpos celestes, se formaram cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, nos primeiros momentos de nosso sistema solar.

Sonda da missão Hayabusa 2 sobrevoa asteroide Ryugu
Sonda da missão Hayabusa 2 sobrevoa asteroide Ryugu
Foto: DW / Deutsche Welle

Da mesma forma que os planetas, eles orbitam em torno do Sol, embora de forma particular: cometas têm longas órbitas elípticas, podendo passar milhares de anos nos confins do sistema antes de voltarem a se aproximar do astro central.

Certos asteroides e cometas chegam incrivelmente perto da Terra, e quando os cientistas conseguem fazer uma sonda pousar sobre um deles, uma de suas esperanças é aprender mais sobre aqueles obscuros princípios da vida, e como ela chegou até a Terra. Assim é grande a expectativa, num momento em que a Agência Espacial Japonesa (Jaxa) acaba de abordar o asteroide chamado Ryugu.

Japoneses em missão inédita

A missão Hayabusa 2, da Jaxa, visa trazer amostras desse asteroide próximo da Terra. Dela participam três sondas, uma das quais, a Mascot, foi construída em colaboração com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e leva os instrumentos para estudar a superfície de Ryugu.

A primeira vez que cientistas pousam sobre um asteroide é acompanhada com grande suspense pela comunidade NewSpace, especialmente por exploradores e mineradores comerciais de asteroides, para quem esses corpos celestes também representam o futuro humano.

Por outro lado, é a segunda vez que um dispositivo terrestre aborda num corpo rochoso no espaço: em 2014 a missão europeia Rosetta pousou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, também conhecido como 67P/C-G ou "Chury".

Potencialmente, cada tipo de objeto celeste traz informações diferentes para a ciência humana. Asteroides se localizam no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter. Cometas, por sua vez, são encontrados mais distante. ou no Cinturão de Kuiper, além da órbita de Netuno, ou na Nuvem de Oort, no extremo do sistema solar, a cerca de 300 bilhões de quilômetros do Sol.

Tamanho e composição são documento

Já houve algumas colisões de cometas com nosso planeta, mas os asteroides em geral ficam pelo meio do caminho: eles entram a atmosfera terrestre em média uma vez por ano e chegam a ter o tamanho de um carro, mas se incineram antes de atingir a superfície.

Com os meteoroides é diferente: eles são partículas de um cometa ou asteroide em órbita solar, que quando sobrevivem à passagem pela atmosfera e caem em terra passam a ser chamados meteoritos.

Em geral, asteroides não são considerados perigosos para a Terra, mas o impacto de um meteoroide de 25 metros de diâmetro causaria danos consideráveis. Segundo a Nasa, o choque de um corpo celeste de um a dois quilômetros teria "efeitos de escala mundial".

Cometas têm um diâmetro entre 9 e 40 quilômetros, asteroides vão de pequenas pedras até objetos de mais de 965 quilômetros de diâmetro. Calcula-se que Ryugu tenha cerca de 900 metros, enquanto "Chury" mede 4,1 quilômetros em seu lado mais longo.

Outra diferença é a composição química: cometas se constituem de gelo, rocha e compostos hidrocarbônicos; enquanto asteroides são de pedra e metais. Por isso, o interesse dos futuros mineradores neles, e essa nova corrida por recursos naturais.

Arautos de vida ou de morte?

Segundo a Nasa, asteroides são "inativos", enquanto cometas são "parcialmente ativos". Ambos os tipos de objetos são rochosos, poeirentos e de forma irregular, e potencialmente abrigariam matéria orgânica, viva.

Porém, cometas podem se tornar "ativos", tendendo a emitir gases ou jatos de poeira, quanto mais se aproximam do Sol - como a equipe da Rosetta pôde observar ao estudar "Chury". A superfície da "bola de neve suja" se aquece, e os materiais contidos nela se derretem e evaporam, produzindo uma cauda. Um exemplo é a espetacular cauda do cometa Halley, observada quando ele passa pela Terra a cada 70 anos, mais ou menos.

Isso significa também que a superfície dos cometas é altamente instável, enquanto a dos asteroides é sólida, com visíveis crateras e outros indícios de colisões com objetos menores. Devido à sua constituição, eles não produzem caudas.

Embora todas as órbitas sejam elípticas, elas o são em graus diferentes: enquanto as dos planetas são quase circulares, as dos asteroides relativamente circulares e estáveis, as dos cometas são altamente esticadas, "amassadas" quase.

Por último, os dois tipos de corpos itinerantes se distinguem pelas teorias em torno de sua relação com a vida terrestre. Para certos cientistas, os cometas podem ter contribuído para trazer água à Terra. Já os asteroides têm a fama de talvez terem causado extinções em massa no planeta - como a ocorrida com os dinossauros.

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