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SP sanciona lei para distribuir absorventes em escolas públicas

Iniciativa receberá repasse de R$ 35 milhões neste ano, R$ 5 milhões a mais do que disponibilizado pelo governo no ano passado

24 mar 2022 - 21h19
(atualizado em 24/3/2022 às 11h21)
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O governo de São Paulo divulgou nesta quarta-feira, 23, que tornará o programa Dignidade Íntima, criado para distribuir absorventes a alunas da rede pública de ensino, uma ação permanente no Estado. Anunciou também que a iniciativa receberá repasse de R$ 35 milhões neste ano, R$ 5 milhões a mais do que no ano passado, para a disponibilização de produtos de higiene íntima nas escolas estaduais. 

Instituído por decreto em 2021, o programa Dignidade Íntima visa a combater a pobreza menstrual e a evasão escolar por meio da distribuição de produtos de higiene íntima para alunas de todas as unidades escolares da rede estadual. A iniciativa busca ainda formar os profissionais de ensino para abordar a menstruação de forma educativa nas escolas.

O projeto de lei para tornar a iniciativa permanente foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em fevereiro deste ano e recebeu aprovação da Casa há cerca de uma semana, no dia 15 de março. 

Políticas públicas voltada ao combate da pobreza menstrual ocorrem em 13 Estados
Políticas públicas voltada ao combate da pobreza menstrual ocorrem em 13 Estados
Foto: Pixabay

"É um programa que atende inicialmente meninas jovens, a partir de 13 anos, em alta vulnerabilidade, de famílias que estão em situação de pobreza ou extrema pobreza, e que não tinham o acesso ao absorvente íntimo. Agora, (elas) recebem gratuitamente do governo do Estado", disse o governador João Doria (PSDB). "Já autorizamos a secretaria da Educação a proceder com a aquisição de mais R$ 35 milhões em absorventes para entrega na rede estadual de ensino", acrescentou.

A iniciativa, informou o governo, recebeu investimentos de R$ 30 milhões em 2021 para garantir a distribuição gratuita de itens de higiene menstrual a 1,3 milhão de estudantes em mais de 5 mil escolas da rede estadual, além de promover formação específica para profissionais da área. A compra dos materiais é realizada por meio do programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e os recursos são repassados anualmente conforme a quantidade de estudantes elegíveis em cada escola.

O governo de São Paulo destacou que, em 2014, a ONU (Organização das Nações Unidas) reconheceu o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Em meio a isso, países como a Austrália, Canadá, Índia e Quênia, além de alguns Estados dos Estados Unidos, já possuem alguma política relacionada à pobreza menstrual.

"Esse tema traz muita atenção para a gente hoje por abondono e pelas faltas que as meninas acabam tendo na escola e, com isso, diminuindo as chances de aprendizagem", disse o secretário da Educação do Estado, Rossieli Soares. Segundo estimativa da ONU, uma a cada dez meninas no mundo perdem aula quando estão menstruadas. No Brasil, a proporção seria de uma a cada quatro estudantes.

Estadão
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