PUBLICIDADE

Conheça Magnão, baiano de 11 anos convocado para o Campeonato Africano de Vela

Natural de Salvador, Magno Macário é apontado como uma aposta da Bahia para o esporte e conta com uma vaquinha online para competir na disputa internacional

3 ago 2022 - 12h24
Compartilhar
Exibir comentários
Imagem mostra Magnão, um menino negro. Ele está dentro de um veleiro.
Imagem mostra Magnão, um menino negro. Ele está dentro de um veleiro.
Foto: Divulgação/Peu Fernandes / Alma Preta

Foi com apenas sete anos de idade que o baiano Magno Macário, mais conhecido como "Magnão", decidiu o que queria ser: velejador. Morador da comunidade do Nordeste de Amaralina, em Salvador, o jovem de 11 anos é fruto de uma família apaixonada pelo esporte e pelo mar e agora busca a sua primeira conquista internacional após ser selecionado para o Campeonato Africano de Vela, na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul.

Apesar da pouca idade, Magnão já coleciona uma série de títulos que demonstram sua dedicação e paixão pela vela. Ao todo, já são 14 campeonatos disputados e seis títulos, incluindo o de campeão Norte-Nordeste Optimist (modelo de veleiro) na categoria Mirim.

Apesar do sonho, Magnão ainda precisa enfrentar mais uma maré: os custos da viagem. Com ajuda de familiares e amigos, o atleta e a mãe, Marione Macário, resolveram fazer uma vaquinha online para concretizar mais uma conquista.

"Essa é a minha primeira viagem fora do Brasil e para conseguir todo esse dinheiro eu e minha mãe fizemos uma vaquinha para arrecadar o dinheiro para chegar lá", conta Magnão.

O campeonato acontecerá entre 24 e 30 de setembro e para participar é preciso desembolsar uma quantia de R$ 30 mil destinada para o pagamento das passagens, hospedagem e inscrição, além de outras despesas. Até o momento, a vakinha se aproxima de R$ 10 mil.

Atletas que protestam contra o racismo fazem história para além do esporte

A mãe do atleta, Marione Macário, que atua como gerente de regata nacional, conta que, ao receber a convocação do filho, ficou receosa diante das dificuldades financeiras. Porém, foi no apoio de amigos e familiares que ela encontrou suporte e tem feito rifas para complementar o valor.

"Estamos fazendo rifas à parte para poder ver se conseguimos fechar o valor que, para mim, é alto", relata Marione.

Orgulhosa, Marione Macário conta que está esperançosa com a competição e espera que o filho possa desfrutar da experiência para além do esporte.

"O coração está acelerado, junto com o dele. Ele está radiante, trabalhando muito na campanha. A gente está muito esperançoso que dê certo. Acho que, independente de qualquer coisa, a experiência de vida vai valer muito a pena"

Apontado como uma aposta da Bahia para o campeonato internacional, Magnão se diz determinado para levar mais uma conquista para casa.

"Eu sempre gostei de campeonatos grandes. Sempre falava para minha mãe que iria ganhar e ganhava. Às vezes eu não conseguia e dizia: 'na próxima vez eu ganho'. Agora, o meu objetivo final é conseguir ficar numa posição boa nesse [campeonato] africano", completa.

Leia também: Racismo nos esportes motiva a criação de ações de enfrentamento

Alma Preta
Compartilhar
Publicidade
Publicidade