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Comissão da Mulher da Câmara de SP é composta apenas por homens; vereadora recusou vaga temporária

Luana Alves, do PSOL, revelou que ofereceram uma vaga somente para o mês de março e relatou no Instagram o machismo da política

11 mar 2024 - 15h34

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Luana Alves já ocupou uma das vagas da comissão por três anos
Foto: Reprodução: Instagram/luanapsol

A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo é composta exclusivamente por homens. A vereadora Luana Alves (PSOL) seria a única mulher na comissão, mas ela recusou a vaga temporária, válida apenas para março.

Os integrantes da comissão são os vereadores André Santos (Republicanos), Aurélio Nomura (PSDB), George Hato (MDB), Hélio Rodrigues (PT), Manoel Del Rio (PT), Major Palumbo (Progressistas) e Rodolfo Despachante (Progressistas).

Em vídeo postado no Instagram, Luana compartilhou que ocupou uma das vagas da Comissão por três anos. Embora não fosse uma posição permanente, havia uma negociação para garantir a presença de pelo menos uma mulher na Comissão.

“Neste ano, nenhum dos vereadores ocupantes quis ceder a sua vaga. A única possibilidade apresentada era que eu, a mulher interessada em estar em pelo menos uma vaga dessa Comissão, ficasse apenas pelo mês de março”, informou Luana.

Para Luana, essa situação evidencia o machismo presente na política. “Nós mulheres temos que avançar muito mais para ocupar cada espaço político que a gente puder”, disse em vídeo.

Luana relatou que tentou estabelecer um diálogo com André Santos, presidente da Comissão, porém não teve resposta. “É um reflexo da pouca participação de mulheres nessa casa, mas também da falta de prioridades que esse governo tem”, disse ao g1.

André Santos comentou a ausência das mulheres. “Acredito ser importante a participação das mulheres em todos os cenários, porém não é prerrogativa do presidente definir quais serão os vereadores ou partidos que farão parte da Comissão", informou ao G1.

Em outra publicação sobre o assunto, a vereadora Luana Alves comentou que parece brincadeira, mas não é. “Ainda temos muito o que lutar contra o machismo, para realmente podermos comemorar o Dia das Mulheres”, concluiu.