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Aumento de crianças LGBTQIA+ acende alerta contra bullying

Dados foram abordados no Painel “Diversidade nas Escolas” no II Fórum de Direitos LGBTQ2+

18 mai 2022 - 18h16
(atualizado às 18h51)
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Acolhimento em caso de LGBTfobia e rodas de conversa foram algumas das ações de enfrentamento do bullying debatidas por participantes
Acolhimento em caso de LGBTfobia e rodas de conversa foram algumas das ações de enfrentamento do bullying debatidas por participantes
Foto: iStock

Dados sobre o aumento do número de crianças que se assumem ou reconhecem LGBTQIA+ nos últimos anos e a consequente necessidade de abordar a diversidade de forma mais assertiva nas escolas foram o centro das reflexões de painel apresentado durante o II Fórum de Direitos LGBTQ2+*. Promovido pela Parada SP, o evento tem patrocínio do Terra e foi transmitido no You Tube nesta terça.

Com moderação de Leandrinha Du'Art, participaram do debate Andrea Rivas, presidente da Familias Diversas Asociación Civil (AFDA) da Argentina, Fernando Seffner, professor e sociólogo especialista em estudos de diversidade de gênero na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jasmin Roy, ator e presidente da Fundação Jasmin Roy, no Canadá, e Victor Rocha, acadêmico da Universidad Diego Portales, no Chile.

Segundo dados recentes do Creating Safe Schools for Lesbian and Gay Students apresentados no Fórum, pesquisadores e cientistas sociais estimam que 1 a 3 em cada 10 estudantes é gay, lésbica ou bissexual. A estatística tem impacto no aumento de casos de bullying e violência escolar. Um estudo feito com adolescentes brasileiros LGBTQIA+ pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa revelou que 73% sofrem bullying e 37% já apanharam na escola. Dos 1.016 estudantes brasileiros ouvidos, 70% disseram se sentir inseguros na escola, 73% foram agredidos verbalmente, 48% ouvem comentários homofóbicos e 27% foram agredidos fisicamente.  

Para mudar esse cenários, os participantes do evento debateram sobre como tornar a escola um ambiente mais inclusivo para esses estudanes. Debates, rodas de conversas que promovam o empoderamento e autonomia da criança, formação dos docentes sobre os direitos humanos, programas de acompanhamento em casos de LGTBfobia e fortalecimento das redes de apoio entre escola, pais, comunidade e Estado foram alguns dos pontos levantados.

LGBTQ2+*: no Canadá, usa-se a sigla LGBTQ2+, que se refere às lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer e dois espíritos, denominação indígena de gênero baseada nas crenças de que o corpo pode abrigar os dois espíritos (masculino e feminino).

Fonte: ParadaSP Fonte da ParadaSP
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