
Yasser Arafat, Estados Unidos, Egito, Jordânia e a Liga Árabe, entre outros, se somaram à condenação unânime do atentado suicida palestino contra uma pizzaria de Jerusalém que deixou um hoje saldo de 15 mortos e 85 feridos.
O presidente palestino, Yasser Arafat, condena a explosão que aconteceu em Jerusalém, e que foi dirigida contra civis inocentes, no contexto de nossa condenação a todos os ataques contra israelenses e palestinos", informou seu gabinete em comunicado à AFP.
Pouco antes, o presidente norte-americano, George W. Bush, condenou o atentado e e fez um apelo ao líder palestino, Yasser Arafat, a denunciar o ataque e prender os responsáveis. "Lamento e condeno energicamente o atentado terrorista", disse Bush numa declaração escrita. "Nada se ganha com semelhantes atos convardes".
Arafat "deve condenar este horrendo atentado terrorista, agir agora para prender e levar os responsáveis ante a Justiça, e assumir ações imediatas e constantes para evitar futuros ataques terroristas".
"Isso demonstra novamente a necessidade de romper com o ciclo da violência e a necessidade de que as partes se juntem e comecem a implementar o informe Mitchell", disse o porta-voz Scott McClellan em Crawford, vilarejo do Texas, perto da fazenda onde o mandatário norte-americano passa suas férias.
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Maher, declarou que o país condena toda violência contra civis, seja por quem for cometida, informou a agência Mena. O Egito condena essa ação "como tem expressado sua condenação contra os malignos ataques contra o povo palestino, seja pelo governo israelense, os colonos ou extremistas radicais", acrescentou.
Por sua vez, a Jordânia lamentou "a morte de inocentes" e fez um apelo aos Estados Unidos para que intervenham "rapidamente" e acabe com o "estrangulamento" do processo de paz. "O que aconteceu esta quinta-feira em Jerusalém é uma das espirais da violência que a Jordânia tem advertido. Rechaçamos e condenamos a morte de inocentes sob qualquer pretexto", indicou o ministro da Informação, Salé Kallab.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amer Musa, declarou que a passividade internacional é a responsável pela violência no Oriente Médio e do atentado suicida, ao mesmo tempo que condenou o atentado. "Rechaçamos a morte de civis inocentes, seja onde for", declarou Musa à imprensa depois doa tentado, reivindicado pelo Yihad islâmico palestino.
"O conjunto da comunidade internacional tem a responsabilidade pela morte diária de inocentes, por tardar em assumir as responsabilidades frente a política de opressão e as ações do governo israelense, que empurram a região para a beira do abismo", disse.
Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, disse sentir-se "profundamente perturbado por esta terrível perda de vidas", em um comunicado. Annan "enfatiza que os ataques contra civis violam leis internacionais e dos direitos humanos", agrega o texto.
Por sua vez, o Alto representante para Política Externa e Segurança comum da União Européia (UE), Javier Solana pediu à Autoridade Palestina que faça o possível para evitar novos ataques militares.
"Condeno firmemente o ataque terrorista desta quinta-feira em Jerusalém", assegurou Solana. "Faço um apelo à Autoridade palestina para que faça o possível para evitar novos ataques deste gênero e para que trabalhe por uma cooperação efetiva em matéria de segurança sobre o terreno", acrescentou.
As capitais européias se somaram à condenação. O governo alemão condenou "severamente" o "lamentável atentado" de Jerusalém, no qual "novamente crianças e inocentes foram o objeto de uma violência pérfida e insensata", declarou o chanceler Joshka Fischer.
Por sua vez, as autoridades francesas condenaram "nos termos mais enérgicos" a ação, destaca um comunicdo do ministério das Relações Exteriores. "O povo israelense foi de novo atingido por uma ação criminosa e odiosa que ninguém pode justificar.
As autoridades francesas expressam seu sentimento de profunda solidariedade para com as vítimas e suas famílias, e condenam nos termos mais enérgicos este atentado cego e desumano", destaca num comunicado.
O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, condenou o ataque em carta enviada ao presidente de Israel, Moshé Katsav. "Em nome da comissão Européia e em meu próprio nome, quero enviar meus pêsames aos familiares de luto e transmitir meus desejos pela rápida recuperação dos feridos".
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) lamentou o ataque e recordou a Israel que toda represália é contrária ao direito internacional. AI pediu "a todos os grupos armados para que cessem imadiatamente todo o ataque contra os civis".
"Os ataques que tem por objetivo deliberado civis sõ injustificáveis", afirma a organização num comunicado. A Anistia Internacional também pediu ao governo israelense que não inicie nenhuma ação que possa por em risco a vida de civis.
"As reprasálias estão proibidas em todos os casos pela legislação internacional em matéria de direitos humanos", destacou o comunicado.
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