Atualizado às 13h55
Uma explosão causada por uma bomba no centro de Jerusalém às 13h (8h de Brasília) de hoje deixou pelo menos 15 mortos e 88 feridos (segundo novo balanço oficial realizado pela polícia). Horas depois do atentado, as informações eram confusas. A rede de TV norte-americana CNN estimava que eram 19 mortos. Já a inglesa BBC afirmava serem 17.Este foi um dos maiores ataques realizados em Jerusalém desde o início da Intifada, em setembro, no Oriente Médio. Entre os mortos estão seis crianças e adolescentes. A explosão ocorreu na pizzaria Sbarro, muito popular, quando o local estava lotado.
Ao que tudo indica, um suicida palestino entrou no lugar, na esquina da rua George com a avenida Jaffa, e ativou os explosivos que levava. Segundo a polícia israelense, a bomba estava recheada de pregos. Os policiais fecharam as ruas que dão acesso ao local, enquanto peritos procuravam outros possíveis explosivos. A televisão mostrou imagens de pessoas ensangüentadas na calçada, em meio a pedaços de vidro. Na pizzaria, cuja parte da frente ficou destruída, clientes eram vistos no chão, em meio a mesas e cadeiras. Os feridos foram levados ao hospital.
Em Amã, um interlocutor anônimo reivindicou, em nome da Jihad Islâmica, o atentado, em um telefonema à agência internacional de notícias AFP: "as forças de Salaheddine Ayubi, do movimento Jihad Islâmica, reivindicam a autoria da operação que aconteceu em Jerusalém há 15 minutos (...) A operação foi feita com explosivos e é nosso presente após o discurso do presidente iraquiano, Saddam Hussein". Saddam denunciou ontem "os crimes contra os árabes, os palestinos e os lugares sagrados". O Iraque, contrário ao processo de paz, afirmou ter mobilizado mais de 6 milhões de voluntários para a "libertação da Palestina".
Desde setembro do ano passado mais de 500 pessoas morreram na guerra velada que acontece na região. A maioria dos mortos são palestinos. Israel costuma responder de forma violenta a esses atentados. A polícia de Israel tem recebido cerca de 600 chamados por dia de pessoas que encontram objetos e temem que sejam bombas.
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