
Corpos de bebês e crianças jaziam hoje entre os destroços do atentado suicida palestino que matou 15 pessoas e feriu 80 em uma pizzaria lotada de Jerusalém. Judeus ultra-ortodoxos usando pinças resgataram pedaços de carne humana de dois carrinhos de bebê na calçada em frente à pizzaria. Observando o ritual judaico, que proíbe o sepultamento de corpos incompletos, os religiosos guardavam os restos em sacos plásticos.
"O pior que eu vi, que acho que me perseguirá por toda a vida, foi um bebê do lado de fora de uma loja, sentado em um carrinho - morto", disse Naor Sharab, soldado que passava pela movimentada rua Jaffa na hora da explosão. "Depois, a mãe dele saiu da loja correndo e gritando histericamente", afirmou.
Equipes de socorro disseram que há pelo menos seis crianças entre os mortos, além de várias feridas. A pizzaria Sbarro estava cheia de pais que levavam seus filhos para um almoço especial de férias.
Jason Kanar saiu do lugar minutos antes do atentado para comprar um jornal e voltou com um amigo ao ouvir a explosão. "Vi uma criança de quatro anos nos braços de alguém, morta, morta, assassinada", disse Kanar, 20 anos, à Reuters.
Um transeunte conseguiu reanimar uma menina de rabo-de-cavalo que estava caída na calçada, coberta de cacos de vidro e pedaços de carne humana. Outra menina, com não mais que 12 anos, teve a roupa toda arrancada do seu corpo com a explosão. Ao entrar na ambulância, ensang entada, só mantinha um sapato e um trapo branco que havia sido de sua calça.
Outros paramédicos deram oxigênio para uma adolescente, aparentemente em estado grave, que tinha a camiseta do Super-Homem coberta de sangue.
Não foi a primeira vez que adolescentes são alvo de atentados palestinos. A maioria das 21 pessoas mortas na explosão suicida em uma discoteca de Tel Aviv, em junho, era formada de jovens.
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