As somas consagradas à prevenção da aids nos países em vias de desenvolvimento são insuficientes e devem ser "substancialmente elevadas", opinaram hoje em Nova York especialistas internacionais. Reunidos paralelamente à Assembléia Geral das Nações Unidas sobre a luta contra a aids, explicaram à imprensa que nestes países são destinados, anualmente, apenas US$ 1,8 bilhão para a prevenção e isto representa 20% do que se precisa, na realidade.Segundo o médico Michael Merson, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, "devemos aumentar ao mesmo tempo as medidas destinadas à prevenção e ao tratamento".
Lembrou a primeira grande conferência sobre a aids, organizada em Paris em 1986, afirmando que é tempo de agir e não apenas de firmar documentos; "25 milhões de mortos e a quase devastação do tecido social de várias nações" devem bastar "para que os dirigentes mundiais comecem a agir", declarou.
Chefes de Estado e cientistas, líderes de empresa e vítimas da aids, ativistas homossexuais e milhares de funcionários dos ministérios de Saúde de 188 países participam em Nova York da reunião da ONU sobre a aids, que será concluída amanhã.
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