A Suécia anunciou hoje uma contribuição de US$ 60 milhões para o fundo mundial de combate à aids, elevando o total de promessas para decepcionantes US$ 590,2 milhões. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, que promove o fundo, estima que são necessários de US$ 7 bilhões a US$ 10 bilhões por ano em gastos extras para combater a aids de modo eficaz nos países pobres, onde a epidemia produz seu maior impacto.A ministra de Desenvolvimento e Cooperação da Suécia, Maj-Inger Klingvall, disse em entrevista coletiva que o dinheiro era destinado ao combate da aids nos próximos dois anos "com a possibilidade de maiores contribuições, mas é cedo demais para dizer". Klingvall disse, na sede Assembléia Geral da ONU durante a sessão especial sobre a aids, que espera que a União Européia também realize "uma contribuição substancial" para o fundo. A Suécia atualmente detém a presidência rotativa da UE.
As doações vêm sendo feitas ao fundo desde que Annan propôs pela primeira vez a idéia de uma guerra mundial contra a aids, em 26 de abril na Nigéria. Mas o valor atingido até agora é decepcionante. A contribuição da Suécia foi a segunda a ser anunciada na sessão especial - Uganda havia prometido ontem US$ 2 milhões.
O fundo ainda tem de ser estabelecido formalmente, uma vez que países ricos estão discutindo quem terá o controle sobre a verba e outros tópicos polêmicos. Mais de 36 milhões de pessoas, a grande maioria na África, estão infectadas com HIV-aids hoje. Cerca de 22 milhões de vítimas já morreram da doença, desde sua descoberta, há 20 anos.
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