Cuba ofereceu 4 mil médicos à comunidade internacional para combater a aids nos países pobres e com maior presença da doença, informou esta terça-feira o jornal Granma. A oferta foi feita na segunda-feira pelo vice-presidente Carlos Lage, em seu discurso na sessão extraordinária da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU).Esse grupo de médicos cubanos "poderá formar e treinar vários especialistas, enfermeiras e técnicos de saúde", disse Lage. O Governo da ilha também ofereceu os professores necessários para criar 20 faculdades de medicina; os médicos, pedagogos e psicólogos necessários para assessorar campanhas de prevenção; os equipamentos e kits de diagnóstico necessários para programas básicos de prevenção e tratamento antirretroviral em 30 mil pacientes.
"Será necessário apenas que a comunidade internacional forneça as matérias-primas para os remédios, equipamentos e recursos materiais dessas produções e serviços", disse Lage. Ele explicou que "Cuba não obteria nenhum lucro e pagaria os salários em sua moeda nacional, o que teria maior custo para os órgãos mundiais de saúde". Ele pediu que os remédios contra a aids e outros também vitais e necessários não estejam protegidos por patentes. "Não se pode ter lucro com a vida dos seres humanos", disse.