Atualizada às 23h50O Exército israelense isolou na noite desta segunda-feira oito localidades palestinas na Cisjordânia sob o controle palestino, após a morte de quatro israelenses, revelou o general Yitzhak Eitan.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, que está nos Estados Unidos, havia determinado ao Exército israelense a adoção das "medidas necessárias" para responder à onda de violência nos territórios palestinos.
Barak "considerou que os acordos foram violados gravemente", segundo seu chefe de gabinete, Gilad Sher.
"Vamos tomar todas as medidas necessárias para melhorar a segurança" na zona, declarou o general Eitan em uma entrevista coletiva.
"Bloquearemos todas as localidades palestinas para deter os ataques terroristas destinados a matar o maior número possível de civis israelenses", disse o general Eitan destacando que a medida terá aplicação imediata.
"Prefiro não mencionar as outras medidas que vamos tomar e que estão relacionadas com os serviços de informação e as atividades militares", concluiu o general Eitan.
Segundo o porta-voz do Exército Yarden Vatikay, as localidades envolvidas estão na chamada "zona A", sob o controle palestino, no caso Ramalá, Nablus, Hebron, Belém, Jericó, Kalkiliya, Jenin e Tulkarem.
Dois civis e dois militares israelenses e três palestinos morreram nesta segunda-feira nos confrontos nos territórios.
O vice-ministro da Defesa israelense, Efraím Sneh, advertiu hoje contra a volta da violência generalizada no Oriente Médio e estimou que a "intifada" palestina poderá servir de desculpa para "aventuras militares" de Iraque Irã e Síria.
"A causa palestina, retomada por extremistas do mundo árabe, pode facilmente convertir-se em uma boa razão para aventuras militares", disse Sneh durante uma entrevista coletiva no Instituto Washington para a Política no Oriente Médio, na capital norte-americana.
Nesta segunda-feira, o Knesset (parlamento israelense) rejeitou uma moção de censura apresentada por um deputado árabe israelense contra o governo pela morte de 12 árabes israelenses em confrontos com a polícia, no início de outubro.
No final da tarde de hoje, tanques israelenses dispararam contra o povoado de Beit Jala, próximo a Belém (Cisjordânia), após a colônia judaica de Gilo ser atingida por tiros disparados daquela zona.
Tanques israelenses também abriram fogo contra o acampamento de refugiados de Aida, ao lado de Belém, após um tiroteio entre soldados e palestinos.
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