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Quatro israelenses morrem em nova fase de conflito

Segunda, 13 de novembro de 2000, 17h33min
Atualizado às 20h24
Homens armados emboscaram três veículos israelenses em incidentes na Cisjordânia e na Faixa de Gaza hoje (13), matando quatro israelenses e ferindo oito. Dois dos três veículos foram cercados na Cisjordânia por volta das 16h30 locais entre os assentamentos judaicos de Ofra e Shilo. Uma motorista morreu em um dos tiroteios. Dois soldados morreram em um segundo ataque contra um ônibus do Exército de Israel que escoltava veículos de colonos judeus, informaram fontes militares.

A quarta vítima fatal israelense era um motorista cujo caminhão foi emboscado horas mais tarde, nas proximidades de Kissufim, na Faixa de Gaza, disse um autoridade israelense sob condição de anonimato. Em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, dois atiradores de pedra palestinos, de 16 e 17 anos, foram mortos por soldados israelenses durante uma manifestação. Um terceiro palestino, ferido sábado na Faixa de Gaza, morreu hoje em um hospital israelense. Seu nome era Ahmed Dahlan, de 17 anos, sobrinho de Mohammed Dahlan, chefe da Segurança Preventiva Palestina em Gaza.

As sete mortes desta segunda-feira elevam a 205 o número de pessoas mortas desde 28 de setembro. A vasta maioria das vítimas fatais era de origem palestina. O primeiro-ministro Ehud Barak condenou os ataques como uma violação das medidas acordadas na cúpula de Sharm el-Sheikh para o fim da violência. "O primeiro-ministro vê esses fatos como uma violação muito grave do acordo pela Autoridade Palestina", disse o assessor Gilead Sher a jornalistas.

Barak, que está em Chicago, conversou por telefone com o primeiro-ministro interino Binyamin Ben-Eliezer e com o chefe de Estado Maior Shaul Mofaz, instruindo-os a "adotar as medidas necessárias", disse Sher. Em aproximadamente sete semanas de conflito, atiradores palestinos atacaram diversos alvos israelenses, apesar de fazê-lo normalmente durante a noite e em territórios controlados pelos palestinos.

As emboscadas de hoje foram levadas a cabo à luz do dia em áreas controladas pelo governo israelense na Cisjordânia. Aparentemente, os ataques foram cuidadosamente preparados. O comandante do movimento Fatah - ao qual pertence o líder palestino Yasser Arafat - na Cisjordânia, Marwan Barghouti, conclamou a transferência do conflito das áreas palestinas às zonas controladas por Israel na Cisjordânia durante esta semana para marcar o 12º aniversário simbólico da declaração de um Estado palestino independente, na quarta-feira.

Barghouti disse que os palestinos teriam tarefas especiais na quarta-feira para celebrar a "soberania popular palestina" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Em Hebron, centenas de palestinos manifestaram-se na Universidade Islâmica. Muitos levavam pistolas e submetralhadoras e gritavam: "Os tiros são o único idioma que o inimigo compreende". Um oficial israelense alertou que o Exército reforçaria sua retaliação a um número crescente de ataques promovidos por atiradores palestinos contra civis e militares de Israel.

Os últimos dias foram caracterizados por um número cada vez menor de manifestações de jovens atirando pedras e bombas incendiárias contra soldados israelenses, mas também foram marcados por um número crescente de ataques de atiradores contra posições israelenses. Os armamentos são provenientes das forças de segurança de Arafat, que recebem armas sob os acordos interinos com Israel, e de milicianos da Tanzim, braço armado do movimento Fatah, partido de Arafat.

Os israelenses acusam membros da Tanzim de porte ilegal de armas e exigiram o desarmamento deles. Os palestinos alegam que a Tanzim defende o povo palestino das agressões do Estado judeu. Hoje, os palestinos abriram fogo com armas automáticas contra um posto de checagem israelense ao sul de Jericó e no assentamento judaico de Vered Yericho, informou o Exército de Israel.

O bairro judeu de Gilo, em Jerusalém Oriental, também foi atacado a partir da cidade palestina de Beit Jalla. Soldados israelenses responderam com disparos de metralhadoras. Moshe Fogel, porta-voz do governo israelense, disse que o aumento dos incidentes provocados por palestinos armados significa que o conflito não mais se trata de um levante civil, "mas sim de guerra e terrorismo".

De acordo com ele, as forças israelenses não poderiam continuar "sendo alvo de diferentes situações de tiroteio sem que fossem tomadas as medidas necessárias". Em declaração a correspondentes estrangeiros, Fogel disse: "As regras do compromisso precisam ser ajustadas."

De acordo com as atuais ordens, os soldados israelenses têm permissão para abrir fogo apenas se suas vidas estiverem em perigo ou se forem atacados a tiros, apesar de o Exército informar que os comandantes locais são muito ponderados. Os palestinos acusam os israelenses de responderem às manifestações com uso desproporcional de força.
Agência Estado

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