O presidente palestino Yasser Arafat conclamou os líderes árabes reunidos no Catar a enviarem ajuda financeira para revitalizar a economia palestina, destroçada por quase sete semanas de confrontos com os israelenses, afirmaram hoje autoridades árabes. Mas, se muitos líderes árabes são simpáticos à causa palestina, a maior parte deles prefere que os fundos sejam distribuídos diretamente para a região, sem passar pelas mãos da Autoridade Palestina.
"A Arábia Saudita e o Kuwait, os dois únicos países que se comprometeram com o envio de ajuda financeira, desejam que os fundos sejam administrados independentemente da Autoridade Palestina", afirmou um palestino que compareceu ao encontro iniciado no domingo. "Parece que eles ainda não confiam na gente, mas nós não temos problema com isso contanto que o dinheiro comece a chegar à Palestina. A situação lá é trágica nos setores econômico e humanitário".
O governo liderado por Arafat vem sendo pressionado pela comunidade internacional para melhorar a transparência no setor financeiro de sua administração e recebeu críticas por má versação de verba e suposta corrupção. Os fundos vindos dos países do golfo Pérsico, formalmente os maiores patrocinadores da causa palestina, secaram devido ao apoio de Arafat à invasão do Kuweit pelo Iraque em 1990.
Ministros da área financeira de países árabes irão se reunir no dia 23 de novembro para discutir os planos da Arábia Saudita de criar dois fundos no valor de US$ 1 bilhão e elaborar um mecanismo sobre a administração deles. O plano foi aprovado em uma cúpula de emergência ocorrida no Egito no mês passado.
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