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Tesouro ou tralha? Qual o valor do seu game antigo?

Como descobrir se os jogos velhos que você tem em casa valem dinheiro

13 jul 2021 - 13h00
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The Legend of Zelda
The Legend of Zelda
Foto: Nintendo / Reprodução

Conforme o tempo passa e as gerações de jogos e consoles vem e vão, o retrogaming, ou o conceito de jogar, reprisar e preservar os clássicos do passado ganha corpo e cada vez tem mais adeptos.Em conjunto, há todo um comércio envolvendo consoles, jogos, acessórios e tudo o que envolvia o universo dos videogames de antigamente - e por "tudo", até mesmo um folheto de jogo ou um anúncio antigo pode ser considerado raro e ser vendido caro a gamers das antigas e/ou colecionadores. 

É justamente esse mercado de games e aparelhos que gera dúvidas em muita gente. Afinal, porque um jogo pode custar milhares de reais enquanto outros custam menos que um game indie genérico? Como saber se o determinados itens da sua coleção são tesouros ou tralhas? Bem, alguns fatores podem ajudar a responder a essa questão.

Piratas do Caribe

À esquerda: pirata de Mega Drive. À direita, um original de Quackshot.
À esquerda: pirata de Mega Drive. À direita, um original de Quackshot.
Foto: AvcF/Acervo Pessoal / Divulgação

Os diferentes atestados de origem dos games fazem toda a diferença na hora de saber o valor de um "retro game". O famoso selo dourado da Nintendo com os dizeres "Nintendo Seal of Quality", por exemplo, é fundamental para começar a determinar o valor de um cartucho do Nintendo Entertainment System.

Por outro lado, quando se fala do PlayStation, ainda que a pirataria sobre seus jogos tenha reinado em terra brasilis, os CDs originais, com fundo preto, valem muito mais que os oriundos dos camelôs da época - ainda que estes possam deter um valor sentimental e trazer boas lembranças de jogatinas dos bons tempos.

A procedência deste CD de PS One mais do que duvidosa
A procedência deste CD de PS One mais do que duvidosa
Foto: AcvF/Acervo Pessoal / Reprodução

Ainda que na era pré-downloads e de informação mais restrita que hoje, muita gente tenha comprado jogos piratas por desinformação ou para fugir de altos preços de jogos originais (sobretudo nos anos 1980, quando a hiperinflação castigava o país), cartuchos e CDs piratas não costumam valer muito no mercado de retrogames. Nem mesmo aqueles com múltiplos jogos em 1.

Por outro lado, consoles clonados ou "alternativos" baseados nos sistema Nintendo, como o Phantom System ou o Dendy (um clone russo do Famicom), ganharam valor em mercados de países desenvolvidos, sobretudo entre grandes colecionadores que não tiveram contato com esses aparelhos em suas épocas de lançamento originais. 

Dendy Junior, um clone russo do NES
Dendy Junior, um clone russo do NES
Foto: Wikipedia / Reprodução

Raridade > Qualidade

Outro fator de grande influência sobre o preço dos retrogames são o quão escassos, e portanto raros, eles são. Isso é, inclusive, muito mais importante para determinar o preço do que a relevância que o jogo teve em sua época.

Dois exemplos ilustram isso: No NES, um cartucho de “Little Samson" custa muito mais caro que um Super Mario Bros, ainda que esse seja um jogo muito mais conhecido e importante  para a indústria dos jogos.

Alf Master System
Alf Master System
Foto: ecrater.com / Reprodução

No Master System, um dos cartuchos mais caros do sistema é "Alf", por este ter sido na época um cartucho de tiragem restrita. Em compensação, o jogo em si é um desastre, praticamente injogável de tão ruim. 

A mesma lógica vale para diversos outros consoles, cujos games mais caros muitas vezes são obscuridades, ou versões exclusivas ou não-comerciais de games de renome. Quanto aos consoles, modelos ligados a eventos, ou versões de teste, são os que costumam ser os mais cobiçados entre os colecionadores.

Edição limitada do Dreamcast
Edição limitada do Dreamcast
Foto: AvcF/Acervo Pessoal / Reprodução

Mesmo que esses aparelhos não tenham recursos extras em relação aos convencionais, o fato desses consoles terem sido produzidos em quantidade limitada e serem exclusivos, os tornam cobiçados. 

Mercado

Assim como outros mercados, o de retrogaming está sujeito a flutuações de preço, que podem aumentar ou diminuir a depender de diversos motivos. Assim, quem tem vontade de adquirir um game clássico tem que tomar cuidado para acabar não pagando mais caro do que o jogo realmente vale. Assim, hoje há ferramentas que ajudam a identificar essas variações, como o gamevaluenow, ou mesmo o estarland, que mostram não apenas quanto um game custa atualmente, como também a evolução do seu preço. 

"Preso" ou "solto"

Cópia completa de FlashBack, de Mega Drive, com caixa e manual de jogo
Cópia completa de FlashBack, de Mega Drive, com caixa e manual de jogo
Foto: AvcF/Acervo Pessoal / Reprodução

Outro detalhe fundamental na hora de determinar o valor de um jogo ou console: sua condição. Quanto melhor, maior o valor e o preço. Assim, jogos bem preservados, com poucas marcas do tempo, têm maior procura em relação àqueles com label (aquele adesivo frontal com o logo do jogo) rasgado, por exemplo. Outro fator é se o jogo é “loose” (solto em tradução direta), isso é, um cartucho ou CD fora de sua embalagem original. Assim, um game que mantém sua embalagem original o mais próximo de sua condição de época (nesse caso mesmo um folhetinho que possa ter vindo junto conta) mais valioso ele é. 

O mesmo vale para consoles e acessórios. Um aparelho “solto” tem preço menor que um que mantenha sua caixa original, ainda que essa possa ter algumas marcas do tempo, como amassados e pequenas manchas.

Fonte: Game On
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