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Ubisoft é acusada de coletar ilegalmente dados dos usuários em jogos single-player

Empresa pode ser multada em até 92 milhões de euros

28 abr 2025 - 10h19
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Ubisoft é acusada de coletar ilegalmente dados dos usuários em jogos single-player
Ubisoft é acusada de coletar ilegalmente dados dos usuários em jogos single-player
Foto: Reprodução / Ubisoft

Uma empresa europeia de defesa da privacidade, chamada Noyb, registrou uma queixa legal contra a Ubisoft, alegando que a empresa coleta ilegalmente dados de usuários em jogos single-player.

A Noyb, empresa sem fins lucrativos localizada na Áustria, assumiu o caso de um jogador que contatou a Ubisoft para descobrir quais dados ela havia coletado. Segundo a empresa (via Cyber Insider), a Ubisoft infringiu as regras do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, e agora corre o risco de ser multada em até 92 milhões de euros.

O problema veio à tona quando o jogador tentou jogar Far Cry Primal, um jogo totalmente offline, sem uma conexão com a internet e foi impedido de jogar. Ao investigar com mais afinco, foi descoberto que o jogo transmite volumes significativos de dados durante as sessões de jogo. Em apenas dez minutos, 150 consultadas de DNS foram iniciadas e dados foram transmitidos para terceiros, incluindo Google, Amazon e Datadog.

A Ubisoft não explicou por que uma conexão online é necessária para jogar offline e nem quais dados específicos estão sendo coletados. A resposta da empresa direcionou os usuários ao seu Contrato de Licença de Usuário Final e à sua política de privacidade, que afirmam vagamente que os dados são usados para "proporcionar uma melhor experiência de jogo" e para fins analíticos e de veiculação de anúncios, algo que, segundo a Noyb, não atendem aos padrões legais do GDPR.

De acordo com a análise técnica incluinda na queixa contra a Ubisoft, os pacotes de dados enviados durante as sessões de jogo foram criptografados, impedindo saber qual é o conteúdo deles. No entanto, os registros de tráfego de rede revelaram comunicações frequentes com provedores de análise terceirizados, levantando preocupações adicionais sobre o potencial compartilhamento de dados pessoais sem o devido consentimento dos usuários.

A política de privacidade da Ubisoft menciona que dados podem ser coletados para fins de melhoria e segurança do produto, mas o reclamante observa que esses motivos são muito vagos e não justificam o monitoramento comportamental constante.

Também é enfatizada a natureza enganosa das práticas da Ubisoft com dados dos usuários. Apesar da empresa alegar que verificações de autenticidade do jogo justifiquem logins obrigatórios, o reclamante destaca que os jogos obtidos via Steam já passam por verificação de licença. Além disso, a Ubisoft admitiu fornecer um modo offline oculto, contradizendo sua afirmação de que o acesso online é necessário para a validação da autenticidade, enfraquecendo qualquer argumento de que o rastreamento persistente do usuário seja algo necessário.

Com isso tudo em mente, a Noyb quer que os agentes reguladores declarem ilegal o processamento de dados da Ubisoft, exijam que ela exclua todos os dados coletados ilegalmente e imponham uma proibição de rastreamento não autorizado no futuro. Também foi sugerida uma multa administrativa com base na receita da empresa, que pode chegar em até 92 milhões de euros.

Fonte: Game On
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