Nintendo vence processo contra streamer que se gabava de usar jogos piratas de Switch
Jesse Keighin terá de pagar uma indenização de US$ 17.500 à empresa
A Nintendo saiu vitoriosa em um processo movido contra um streamer que fazia uso frequente de jogos piratas antes de serem lançados, com ele provocando a empresa pois acreditava que nunca seria pego.
No processo, iniciado no ano passado, foi alegado que Jesse Keighin havia feito mais de 50 streamings de "pelo menos 10 jogos da Nintendo que vazaram", com Mario & Luigi: Brothership sendo o mais recente na época em que o processo foi aberto (via VGC).
Também foi dito que Keighin provocou a Nintendo, enviando a ela "uma carta em que ele se gaba de ter 'mil canais alternativos' para fazer streaming e que 'pode fazer isso o dia todo'".
Além disso, Keighin provocou os advogados da Nintendo no Facebook (via TorrentFreak), dizendo: "Você deveria ter pesquisado mais sobre mim. Você pode comandar uma corporação, mas eu domino as ruas."
Como Keighin não respondeu à notificação judicial dentro do prazo, que precisou, inclusive, ser enviada por meios alternativos (e-mail e cartas à sua mãe, avó e companheira) até ele ser notificado, a Nintendo solicitou ao tribunal que proferisse uma sentença à revelia contra ele, exigindo uma indenização de US$ 17.500.
Um tribunal federal do Colorado atendeu à solicitação da Nintendo, mas também recusou outras duas solicitações dela.
Como Keighin usava principalmente emuladores disponíveis online, o juiz decidiu rejeitar o pedido da Nintendo para que ele destruisse os dispositivos utilizados para jogar os jogos piratas, considerando isso "vago" e "irrazoável".
A Nintendo também pediu que a liminar se aplicasse a terceiros que trabalhavam com Keighin. O juiz negou, afirmando que a Nintendo não especificou quem eram esses terceiros, o que significa que a decisão final se limitou ao pagamento de US$ 17.500.
Por último, a Nintendo explicou que poderia ter pedido por uma indenização maior, já que Keighin, tecnicamente, admitiu ter utilizado os 10 jogos que a empresa havia citado em sua queixa anterior, significando que ela poderia ter pedido pelo menos US$ 100 mil, ou US$ 10 mil por jogo.
No fim das contas, a empresa preferiu pedir apenas US$ 10 mil pela última infração, envolvendo Mario & Luigi: Brothership, e US$ 7.500 (US$ 500 x 15) por diversas violações de segurança antipirataria.