Jogamos: Campanha de Battlefield 6 coloca você em um esquadrão de elite
O Terra Game On teve a oportunidade de jogar três missões da campanha single-player
Após testarmos o multiplayer de Battlefield 6 e conferir de perto os mapas de larga escala, passei algumas horas esta semana jogando trechos da campanha single-player do jogo.
No caso, tive a oportunidade de experimentar três missões da história, incluindo a Missão 3 (Operação Gladius), Missão 5 (Insônia) e Missão 8 (Operação Ember Strike), e conhecer mais sobre o pelotão de elite Dagger 13 (pronunciado "Dagger 1-3"), com os personagens que são controlados pelo jogador ao longo da história.
Caos no mundo em um futuro próximo
A campanha de Battlefield 6 ocorre em 2027, com uma OTAN em crise enquanto uma corporação militar privada, chamada Pax Armata, liderados por um indivíduo perigoso chamado Kincaid, surge para se aproveitar do caos e tentar redefinir o equilíbrio de poder mundial. É aí em que entra o esquadrão de elite Dagger 1-3, que precisa realizar diversas missões para impedir o avanço da Pax Armata.
Os integrantes deste grupo de fuzileiros navais de alto calibre são o Sargento Mestre Haz Carter, da classe Assalto, o Sargento de Artilharia Dylan Murphy, da classe Engenharia, a Sargento de Primeira Classe Simone "Gecko" Espina, da classe Reconhecimento, o Sargento de Primeira Classe Cliff Lopes, da classe Suporte, e o misterioso Lucas Hemlock. Mais detalhes sobre eles podem ser vistos neste link.
A primeira parte da campanha a que tive acesso foi a Missão 3, chamada de Operação Gladius, que ocorre em Gibraltar. Ela começa com uma invasão numa praia utilizando um tanque anfíbio, com o jogador na pele de Murphy. Depois de uma invasão bem-sucedida e repleta de destruição, o resto da missão ocorre a pé, com tiroteios intensos entre a Dagger 13, seus aliados e a Pax Armata.
Em um dado momento da missão, é necessário acompanhar um tanque que fornece cobertura ao grupo, enquanto o jogador faz uso das habilidades de engenharia de Murphy para repará-lo sempre que for necessário. Ela culmina com um ataque ao prédio da prefeitura local, que Kincaid está usando como QG.
Na Missão 5, chamada de Insônia e que ocorre em Nova Iorque, o protagonismo passa a ser de Carter, que também é o lider do Dagger 13. Ela envolve invadir residências utilizadas como esconderijos pela Pax Armata, sendo possível até mesmo usar uma marreta para destruir as portas e paredes desses locais para vasculhá-los. Após eliminar a ameaça, a ação leva o grupo de fuzileiros até o subterrâneo, onde precisam perseguir um trem com os membros da Pax Armata utilizando um jipe, desviando dos obstáculos que aparecem pelo caminho.
Ao fracassar em conseguir parar o trem, o grupo entra em um helicoptero para fornecer as coordenadas para que caças aliados consigam interceptar o trem em uma das pontes da cidade, destruindo ambos, mas não eliminando a ameaça por completo. O Dagger 13 precisa, em seguida, entrar nos destroços da ponte e do trem para desativar os transmissores que estão prestes a disparar mísseis que irão atingir a cidade de Nova Iorque.
Na Missão 8, a última que a EA liberou acesso, chamada de Operação Ember Strike e que ocorre no Tajiquistão, passei a ter o controle da personagem Gecko, que pode fazer uso de seu poderoso rifle sniper para dar cabo dos inimigos à distância, além de usar um drone que serve para marcar alvos e soltar bombas em inimigos desavisados.
O objetivo dessa missão é destruir a rede de mísseis da Pax Armata, composta por alguns lançadores de mísseis antiaereos. Diferentemente das duas missões anteriores, o mapa aqui é aberto em vez de linear, com o jogador podendo escolher livremente a ordem na qual destruirá cada lançador de mísseis. Há também veículos para ajudar na mobilidade, já que o mapa é bem grande.
Nesta missão também existe a possibilidade de utilizar um armamento real chamado Switchblade, que são pequenos drones kamikazes disparados por algo semelhante a um morteiro e controlados remotamente. Você faz uso deles para destruir veículos armados em dois trechos da missão.
Nas três missões, era possível dar comandos ao seu esquadrão para que ajudassem. Carter (Assalto) arremessa granadas, Murphy (Engenharia) dispara um lança-foguete, Gecko (Reconhecimento) marca os inimigos próximos e Lopes (Suporte) arremessa granadas de fumaça. Todos eles também avisam quando avistam um inimigo próximo, então é importante ficar com os ouvidos atentos para o que eles falam.
Além disso, dependendo da dificuldade escolhida, você começa com um determinado número de reanimações disponíveis. Sempre que você é abatido, pode chamar ajuda para que alguém do grupo te reviva. Você pode reabastecer a quantidade de reanimações procurando cargas de desfibrilador em cada missão.
Nas três missões há muita destruição e você pode obter novas armas que encontram-se espalhadas pelos cenários ou que são derrubadas por inimigos mortos. Há também caixas de suprimentos para recarregar munição, obter explosivos e dispositivos, além de coletáveis escondidos na forma daquelas pequenas chapas metálicas de identificação de soldados.
Falando daquilo que não me agradou, a inteligência artificial inimiga me incomodou bastante, pois ela não parecia ser tão inteligente quanto deveria, havendo situações onde os inimigos partiram pra cima de mim sem nenhum tipo de estratégia (essencialmente alvos móveis) e outras onde ficavam parados sem fazer nada, como se quisessem ser mortos.
Explosões de foguetes e granadas, que deveriam ser sempre fatais, algumas vezes mal causavam dano. Além disso, por algum motivo, não é possível arremessar de volta as granadas que os oponentes tacam no jogador. Tratam-se de coisas que espero que sejam remediadas no jogo completo, já que os desenvolvedores avisaram que estão cientes de alguns problemas, os quais serão corrigidos por meio de um patch no lançamento.
Outro detalhe importante é que na Missão 3, diferentemente das Missões 5, 8 e do multiplayer, há momentos onde ela exige bastante do PC. Com os gráficos na qualidade máxima e jogando em 3440x1440, só consegui manter nela a taxa de quadros acima de 60 fps na minha RTX 4070 por causa do Frame Generation, recurso desnecessário para isso nos demais conteúdos do jogo que tive acesso até agora. Então acho válido que os desenvolvedores tentem otimizar um pouco mais essa missão até o lançamento, se for possível.
Considerações
A primeira impressão que tive da campanha de Battlefield 6 foi boa, havendo coisas nela que provavelmente vão agradar os jogadores que desejam jogar o game apenas pelo conteúdo single-player. Há muita destruição, missões variadas e uma clara tentativa na criação de personagens que se tornem tão populares quanto aqueles dos jogos Black Ops e Modern Warfare de Call of Duty.
Se a campanha completa será ou não bem aceita pelos fãs da franquia e de jogos de tiro em primeira pessoa no geral, saberemos no dia 10 de outubro quando Battlefield 6 for lançado para PC, PlayStation 5 e Xbox Series.