Jogatina: Site investe em jogos para navegador mesmo na era mobile

Antes dos smartphones se popularizarem e apresentarem jogos muito bem otimizados e cada vez mais criativos na palma das mãos, uma tendência da internet eram os jogos para browser. Ou seja, aqueles games em que se abria uma página da internet e se jogava por alí mesmo, no navegador. Neste cenário, o site Jogatina se destacou por trazer a versão virtual de diversos jogos de carta, como Buraco, Paciência e outros.

Desde a criação do Jogatina e, consequentemente, da Gazeus Games, 16 anos se passaram e as marcas da empresa já se adaptaram com a nova realidade mobile. O Game On teve a oportunidade de conversar com Dario Souza, fundador da Gazeus e que vivenciou a mudança de eras da tecnologia de dentro do mercado, mas se manteve firme nas duas pontas.

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O início da transição

Atuando no mercado desde 2006, o site Jogatina se estabeleceu como uma boa pedida para quem gostava de jogos browser, de cartas principalmente. Entretanto, poucos anos depois, a era dos smartphones chegou e a adaptação era obrigatória. Sobre o tópico, o CEO relembra como foi a primeira aquisição do mercado mobile da Gazeus Games.

"O aplicativo começou a ser muito mais interessante. Até então, tudo era web. Pouquíssimos serviços de web tinham uma versão app ou que funcionasse 100%. Mas eles já tinha muito interesse nisso. Foi então que a gente procurou um jogo de buraco que tava na loja e contatou o desenvolvedor e falamos: 'A gente compra de você esse jogo e você mantém a sua licença do jogo para explorar na loja, mas aí a gente pega a sua mesma versão do jogo, você desenvolve tudo já como contratado da Gazeus e lança esse buraco como Buraco Jogatina'. Ele aceitou e aí foi um sucesso", conta Dario.

Ele continua dizendo sobre como era desafiador cada passo dado, uma vez que era tudo inédito. Dario ainda comenta, com bom humor, alguns dos erros da Gazeus no início dessa trajetória, com esse jogo de buraco que foi adquirido.

"A gente não entendia muito bem como monetizar. Aí tentamos colocar usuário e senha, para o usuário ter que ser o assinante VIP. Totalmente nada a ver com o que o mercado mobile tava querendo. Então fizemos uma venda de net purchase para uso de tempo de jogo, ou seja, comprar um pacote de 7 dias, para tentar substituir a assinatura. Chegou a vender, mas não era o que estava escalando. Então foi só quando colocou advertising que cresceu horrores. Aí a gente viu que tinha oportunidade não só com o Brasil", analisa o executivo.

Tentativa e erro

Apesar do mercado mobile estar estabelecido, a internet, as tecnologias e os consumidores seguem em constante mudança. Neste contexto, aparece a diferença de quem sabe inovar em suas ações. Entretanto, Dario comenta que trazer conteúdo e formatos inéditos não é nada fácil. Para acertar na inovação, é necessário consciência de que haverá tropeços no caminho.

"Tentativa e erro. Inovar é sempre tentativa e erro, senão não seria inovação. Se fosse fácil e não tivesse erro, não teria risco e toda inovação tem risco. Mas, obviamente, a gente vai conhecendo mais o mercado e à medida que a empresa vai ficando mais madura, a gente vai se dando o luxo de experimentar sem afetar tanto o dia a dia da operação. Construímos um negócio que tem uma maturidade. Não há maneira de você saber o que fazer, sem fazer e é essa que é a graça da história", pontua o CEO.

E é aqui que a Gazeus Games comemora com veemência o seu aniversário de 16 anos. Quando se tratando de outros nichos de mercado, o número pode parecer pequeno e a empresa recente. Entretanto, em um ramo como o de mobile, além da própria internet, 16 anos já classificam a empresa como uma das antigas no cenário. Neste sentido, Dario acredita que este número é bastante significativo.

"Hoje eu posso dizer que o time de management da Gazeus tem bastante anos de experiência. Então a gente está muito mais maduro e alcançar patamares mais altos. Quando falo de investimentos mais maduros, não é sair fazendo as coisas de maneira louca, como se a gente não estivesse dando valor ao que cada colaborador está fazendo. É valorizando cada etapa do processo. Se a gente como empresa faz um investimento, a gente tem muita consciência do que é necessário para aquilo ali dar certo. E se a gente falha, a gente também reconhece isso e também sabe identificar se isso é um sucesso. É tudo isso que 16 anos traz", finaliza Dario Souza.