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Jogamos - Pacific Drive: Whispers in the Woods aprofunda o terror e transforma a floresta em pesadelo

A floresta sussurra e o jogador enlouquece — e é exatamente por isso que é tão bom voltar pra Zona

26 out 2025 - 15h00
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Pacific Drive: Whisper in the Woods
Pacific Drive: Whisper in the Woods
Foto: Divulgação

Voltar pra Zona Olímpica nunca foi tão estranho, e tão bom. Whispers in the Woods, a nova expansão de Pacific Drive, é o tipo de conteúdo que não tenta reinventar o carro, mas turbina tudo o que já funcionava. A Ironwood Studios entregou um pacote intenso, cheio de mistério, terror psicológico e mecânicas que mexem justamente com o que o jogo tem de mais valioso: aquela sensação de isolamento total no meio do nada, com você, seu carro e o desconhecido tentando te desmontar.

Aqui, não é só dirigir e consertar. É sobreviver a uma floresta viva — e com segredos que talvez fosse melhor deixar quietos pra lá.

Uma floresta nova e mais perigosa

A expansão leva o jogador para Whispering Woods, uma área inédita cercada de árvores retorcidas, símbolos estranhos e um clima de “isso vai dar ruim” que o jogo nunca tinha atingido antes. A cada curva, parece que algo te observa — e às vezes, está mesmo.

Dessa vez, há um novo grupo de fanáticos escondido na floresta, adoradores das anomalias que a gente aprendeu a temer. O jogo base já flertava com o sobrenatural, mas aqui o terror assume o volante de vez.

A trilha sonora ajuda a elevar o clima, assinada novamente por Wilbert Roget II, o mesmo compositor que deu alma ao som metálico e melancólico do jogo original. O resultado é uma experiência cinematográfica e sufocante, digna de filme de terror com motor V8.

A novidade que muda tudo: os Artefatos

A grande sacada dessa expansão são os Artefatos. Eles funcionam como relíquias anômalas que você coleta e instala no carro, com efeitos que podem ser incríveis — ou um pesadelo de engenharia. Um Artefato pode, por exemplo, puxar objetos do ambiente até você… ótimo pra pegar sucata sem sair do carro, péssimo quando o “objeto” é uma anomalia furiosa.

Outro pode energizar sistemas e abrir barreiras, mas também fritar seus circuitos se você abusar. É um sistema de risco e recompensa, que combina perfeitamente com o espírito de Pacific Drive: improvisar ou morrer.

Esses itens trazem uma camada de estratégia muito maior, te forçando a pensar na preparação antes de sair da garagem. É como se o jogo tivesse ganhado um toque roguelite dentro do caos que já existia.

Jogar na floresta é diferente

As rotas continuam sendo o coração do jogo, mas agora elas parecem ter personalidade própria. Cada viagem pela floresta é única — há novos modificadores de clima, comportamentos imprevisíveis das anomalias e até rotas secretas que você só descobre prestando muita atenção.

E o mais legal: o carro continua sendo o protagonista silencioso. Cada pneu trocado, cada painel de metal soldado, cada ruído suspeito vindo do motor ainda transmite aquele sentimento de “sou eu contra o mundo”. Só que agora o mundo tem olhos, e eles te encaram de dentro da neblina.

História e ambientação

A expansão tem uma história própria, com novos personagens e uma pegada mais narrativa que o jogo base. Mas, diferente de muitas DLCs que “te amarram num trilho”, aqui o roteiro flui dentro da liberdade típica de Pacific Drive.

Você recebe missões mais diretas, sim, mas ainda pode sair da estrada pra explorar, se perder, e descobrir o tipo de coisa que deveria ter ficado enterrada na Zona.

A ambientação é absurda de boa. Totens improvisados, vozes distantes, e aquele tipo de silêncio que pesa mais que qualquer música. É o jogo dizendo, sem palavras: “Volta pro carro. Agora.”

Quando jogar

A Ironwood foi esperta: Whispers in the Woods se encaixa tanto em saves novos quanto em campanhas avançadas. Dá pra entrar cedo, se quiser, (se bem que não recomendo, é meio xarope pra chegar na expansão sem saber nada do jogo base) ou deixar pra quando o carro já estiver mais parrudo. É uma expansão que se adapta ao seu ritmo, e não o contrário.

Pra quem ficou um tempo longe do jogo, é o convite perfeito pra relembrar o básico e sentir o novo conteúdo de forma natural.

Performance

Além da expansão, o estúdio lançou um grande update (v1.11.0), trazendo otimizações, novos idiomas e melhorias de interface. Testamos essa versão nova tanto no PS5 quanto no Xbox, e o desempenho está sólido: nada de quedas bruscas de FPS nem bugs sérios. É o Pacific Drive mais estável até agora — o que é ótimo, porque a floresta já é instável o suficiente.

Vale o retorno à Zona?

Com certeza. Whispers in the Woods além de ter mais conteúdo, é uma evolução temática e mecânica. A floresta é um personagem, os Artefatos mudam completamente o jeito de jogar, e o clima de tensão constante é um lembrete de por que Pacific Drive foi um dos jogos mais originais do ano.

Se o original era uma viagem de sobrevivência, esta expansão é o pesadelo que começa quando você decide fazer o caminho de volta.

Whispers in the Woods é o tipo de expansão que dá orgulho de ver existir. Seria muito bacana os jogos novos se inspirarem nela, e trazerem conteúdo bom e legal em vez de apenas mudanças pequenas e cosméticos. Ela tenta ser bem mais densa, mais tensa e mais pessoal. E consegue. Se sua perua enferrujada estava encostada na garagem, é hora de calibrar os pneus, encher o tanque e voltar pra Zona. A floresta tá lá te esperando.

Fonte: Game On
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