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'Freemium' é melhor? Microtransações disparam nos games

Modelo de negócio "jogue de graça e faça compras dentro do jogo" cativa cada vez mais os gamers

19 out 2021 - 15h10
(atualizado às 15h11)
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Freemium é melhor? Microtransações disparam nos games:

Há tempos que as empresas de games mudam táticas ou implementam novos modelos de negócio para cativar os jogadores. Isso porque em um mercado cada vez mais competitivo, o custo-benefício é um dos pontos que mais conta na hora de o usuário decidir o que jogar. Foi assim que as microtransações ganharam mais espaço no cenário nos últimos anos, principalmente com a pandemia. Ou seja, o famoso modelo "freemium" (jogue de graça e compre skins se quiser) fez a cabeça dos gamers.

"Tem uma atratividade muito grande para os jogos que são mais baratos ou gratuitos. E esses jogos têm uma política muito legal do ponto de vista de justiça. Você não pode dar vantagem para quem compra e desvantagem para quem não compra. Então você vai comprar uma maquiagem, um make up, como a gente chama, que são itens de embelezamento. Você não compra uma bazuca que destrói todo mundo", afirmou Dennis Ferreira, diretor LATAM da Razer Gold, empresa de crédito virtual criado para gamers, ao GameON.

"O mundo real já é assim. Você sai na rua e tem uma pessoa usando uma roupa de um valor e outra está de chinelo. Essa realidade a gente já vive. Então, o mundo dos jogos acaba sendo mais justo por causa disso. Porque quem é bom, pode ter comprado zero reais de crédito para gastar, e mesmo assim ser campeão", acrescentou.

No entanto, essa prática financeira não é dos dias atuais. Quem é que não lembra do "boom" dos jogos de fazendinha como a "Colheita Feliz" do Orkut, por exemplo?

As compras dentro dos jogos já acontecem há algum tempo, mas isso foi sendo adaptado ao longo dos anos, até chegar nos moldes recentes, mais eficientes e seguros. O que há 14 ou 15 anos ainda era uma tendência, hoje já é a base do faturamento do setor de jogos em todo o mundo.

Microtransações já são a base do faturamento do mercado de games
Microtransações já são a base do faturamento do mercado de games
Foto: Divulgação/Pexels

"Com os celulares, não tinha mais [a necessidade] de CD de videogame. A popularização da internet permite que as pessoas baixem os jogos. Com essa mudança de paradigma, as pessoas começaram a baixar os jogos grátis. Depois que elas jogavam muito, aí sim elas faziam compra. O modelo freemium não é mais uma tendência e, sim, uma realidade", disse Dennis.

Um dos pontos que mais pesou para este crescimento foi a pandemia, ponto que transformou outros inúmeros aspectos nos games. Mas a aceleração foi tão extraordinária, que já torna difícil de imaginar como serão os modelos de negócio em cinco, dez ou quinze anos.

Mas a verdade é que empresas como a Razer Gold, que disponibilizam ofertas e benefícios em créditos, ou assinaturas como o GamePass, com catálogos de jogos parecidos com o modelo da Netflix, vão se popularizar e se desenvolver. E esta, sim, pode ser considerada a verdadeira "nova geração dos games", mais acessíveis.

"O povo vai para aquilo que é barato e bom. E, no futuro, só vai pagar à vista para para jogar a prazo quem for bobo. Provavelmente vai ser tudo freemium. Você vai usar e à medida que você for usando, você vai pagando o que você gosta. O legal hoje é usar e não ter", concluiu o executivo.

Fonte: Game On
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