Cortada da Seleção Brasileira às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres, Mari criou polêmica na última semana ao dizer que o ambiente do time nacional era ruim e que a relação das atletas com o técnico José Roberto Guimarães estava desgastada. Nesta quarta-feira, algumas de suas ex-companheiras na equipe confirmaram o clima pesado antes da Olimpíada, mas ressaltaram a união do time para a conquista da medalha de ouro.
Em entrevista à revista Isto é 2016, Mari, atualmente jogando no turco Fenerbahce, afirmou que seu corte a três semanas das Olimpíadas prejudicou o grupo da Seleção e que outras atitudes do treinador, como o anúncio da dispensa de Fabíola no saguão do Aeroporto Internacional de Cumbica após o Grand Prix, não foram bem vistas pelas jogadoras.
"A Mari estava lá dentro e sabia o que estava acontecendo. Não vou desmentir nada porque ela sabia o que acontecia. Muita coisa do que ela falou, ela tem razão", disse a oposto Sheilla, durante o lançamento da temporada 2012/2013 da Superliga, nesta quarta-feira. Um possível atrito entre as duas atletas é apontado como um dos motivos para o corte de Mari, embora ambas neguem problemas.
Procurado, José Roberto Guimarães não quis se manifestar sobre o assunto, afirmando apenas que toda opinião deve ser respeitada.
Já a central Fabiana, capitã da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, admitiu que ela e as demais atletas tiveram dificuldades para se comunicar com o treinador durante alguns momentos da preparação para a Olimpíada. Mas, segundo a atleta do Sesi, o grupo e o técnico entraram em sintonia ao longo da competição, o que permitiu a recuperação do time após um início ruim de campanha e a conquista do ouro.
"Ela conviveu com a gente, estava no grupo e sabe de todas as coisas. Mas acho que o que aconteceu ali dentro morre ali dentro", disse a central. "Havia algumas coisas, a gente estava meio distante, não sei se por pressão, desgaste, nervosismo, mas depois a gente começou a conversar, ficar mais próximas, e as coisas foram melhorando no decorrer do tempo", completou.
Apesar de o grupo ter superado os problemas enfrentados no início de sua preparação e nos Jogos, o assunto ainda gera desconforto para as atletas. A líbero Fabi, uma das mais experientes da Seleção Brasileira, apontou a falta de resultados da temporada anterior como motivo pelo clima pesado.
"O clima não estava legal por não termos nos classificado para a Olimpíada antes. A gente teve um ano muito complicado em 2011, então acabou se questionando o que estava dando errado. O desabafo da Mari é compreensível por causa da ausência, mas não gosto de falar sobre isso ", disse a defensora.
Apesar de ser conhecido pelo carisma fora de quadra, Lorena é o líder entre os "briguentos" do vôlei brasileiro. O oposto do Sesi/SP é polêmico e sempre está envolvido nas confusões durante as partidas mais equilibradas das competições nacionais
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Desde que retornou ao vôlei brasileiro, o levantador Ricardinho, do Vôlei Futuro, vem mostrando que continua ligeiro com a bola nas mãos, porém, se o "bicho pegar" dentro de quadra, ele é um dos primeiros a defender a camisa do seu time
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Vibrante, o central Sidão, do Sesi/SP, também teve seus momentos de estresse dentro de quadra. No primeiro jogo da final do Paulista 2012, o jogador se envolveu em uma briga com a comissão técnica do Medley/Campinas e quase saiu na mão com os adversários
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Quem também tem os nervos à flor da pele é Leozão. Reserva no Sesi/SP, o oposto se envolveu na confusão com a comissão técnica do Medley/Campinas durante o Paulista 2012, chegou a arremessar objetos nos rivais e acabou expulso da partida
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Riad, do RJX, também mostrou ser bastante "esquentadinho". O central acabou discutindo com o levantador Marlon durante a Superliga 2011/2012, tudo porque a bola não foi levantada para ele em um lance contra o Vôlei Futuro
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O líbero Alan, atualmente do Medley/Campinas, se exaltou na semifinal da Superliga 2011/2012, quando ainda jogava pelo RJX. O jogador acabou batendo boca com o ponteiro Dante em um tempo técnico
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O Sargento Vinícius ou simplesmente Vini, do Vôlei Futuro, também não deixa barato provocações ou erros de arbitragem em quadra. Em partida contra o São Bernardo, pelo Paulista 2012, o central, que é militar, não ficou contente com a marcação do árbitro e "botou a boca no trombone"
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Em partida válida pelas semifinais da Superliga 2011/2012, Theo, do RJX, bateu boca com Lorena, então do Vôlei Futuro. A discussão acabou despertando a "fúria" do time paulista, que venceu a partida por 3 sets a 1
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Na final da Superliga 2011/2012, Maurício também não deu o braço a torcer em um lance duvidoso da partida. Após muita reclamação, o ponteiro do Sada/Cruzeiro inventou de discutir justamente com Lorena, então do Vôlei Futuro
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Normalmente calmo em quadra, o ponteiro Dante, do RJX, também já "extrapolou" durante uma partida e bateu boca com Alan, líbero do próprio time, isso porque não foi feita a cobertura para defender uma bola. Na ocasião, o central Lucão teve que intervir na discussão
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Jogador do Sada/Cruzeiro, o central Douglas também se envolveu na discussão com Lorena e o cubano Camejo, então do Vôlei Futuro, na final da Superliga 2011/2012 e acabou advertido com um cartão amarelo
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Serginho, do Sesi/SP, é mais um jogador que integra a lista dos que já perderam a cabeça dentro de quadra. Na disputa da Copa do Mundo de 2011, o líbero brigou feio com Bernardinho e até mesmo xingou o técnico da Seleção Brasileira