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Paiva valoriza classificação sofrida do Vasco na Copa do Brasil: 'Sabíamos que ia desgastar muito'

O Vasco garantiu a classificação para as semifinais da Copa do Brasil ao bater o Athletico-PR nos pênaltis. Em entrevista coletiva, o técnico Rafael Paiva destacou a força da equipe cruzmaltina em reverter placares adversos para conquistar seus objetivos.

12 set 2024 - 01h56
(atualizado às 03h02)
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Rafael Paiva em entrevista coletiva após empate contra o Atlético-GO
Rafael Paiva em entrevista coletiva após empate contra o Atlético-GO
Foto: Leandro Amorim/Vasco / Esporte News Mundo

Nesta quarta-feira, o Vasco se classificou às semifinais da Copa do Brasil após superar o Athletico Paranaense nos pênaltis, por 5 a 4. Em Curitiba, o Furacão devolveu o placar de 2 a 1 imposto pelo Cruzmaltino no jogo de ida. Mesmo com um a menos e com dois gols de desvantagem, os visitantes conseguiram buscar o resultado e vencer o confronto nas penalidades.

Durante a entrevista coletiva após o fim do jogo, o técnico Rafael Paiva comemorou a classificação e destacou as maiores virtudes da equipe. Para ele, a capacidade de sofrer e mesmo assim continuar evoluindo e conquistando bons resultados tem sido a principal força do grupo.

— A gente tem sofrido bastante, em resultados, placares, em alguns momentos com jogadores a menos, como foi hoje. Isso tem norteado o nosso trabalho, de sofrer um pouco mais do que gostaríamos. Mas, também nos faz elevar um nível. Estamos sofrendo, mas cada vez mais conseguindo atingir os resultados. Hoje a vitória não veio, mas veio a classificação. Estamos lutando e trabalhando para evoluir com o Vasco. Temos conseguido sucesso no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Sofremos, mas conquistamos objetivos. Acredito que esse é o caminho até conseguirmos um pouco mais de tranquilidade. O mais importante é que estamos evoluindo. — afirmou o treinador.

Paiva também destacou a preparação do elenco para uma possível decisão nos pênaltis. Segundo o treinador, a equipe sabia que poderia enfrentar adversidades na partida de volta e, por isso, treinou as cobranças com todo o grupo. Apesar das alterações e imprevistos durante o jogo, ele manteve a confiança nos atletas, que puderam corresponder e ajudar na classificação.

— A gente trabalhou muito os pênaltis na semana, não só com os melhores batedores, porque sabíamos que seria um jogo que ia desgastar muito. Ia exigir trocas e sabíamos que elas iriam acontecer. Sforza estava amarelado, mas soube sustentar bem o jogo fisicamente. Ele também batia pênalti, então isso facilitou para mantê-lo dentro de campo. Victor Luis é um jogador que tem uma bola parada acima da média. Vegetti é o nosso batedor oficial. Puma sempre vai para as decisões e também cobra os pênaltis. Tínhamos que controlar a intensidade para ficarmos vivos no jogo, e manter a estratégia defensiva, principalmente. Mas, sabíamos que perto do fim do jogo também poderíamos colocar jogadores que nos ajudassem nos pênaltis. É um quebra-cabeça que você precisa resolver com uma pressão absurda em cima e com pouco tempo. Trabalhamos muito para isso e também sabemos da qualidade do Léo Jardim. Dificilmente ele passa cinco cobranças sem defender uma, então estávamos confiantes que iríamos conseguir a classificação. — completou.

Veja outros trechos da coletiva:

EXPULSÃO RAYAN

— A gente falou mais com ele agora, no pós-jogo. Sabemos como é difícil o momento para o jogador que sai, que sente uma responsabilidade gigantesca. Rayan sabe dessa responsabilidade. Apesar de ser jovem, ele é um atleta experiente, um jogador com nível de seleção brasileira. A gente sabe que ele está no momento de amadurecer. São erros que podem facilmente não serem cometidos. Sabíamos que o jogo estaria muito quente, por tudo que aconteceu na ida, pela fase da competição, um mata-mata. Acho que ele não conseguiu se controlar e errou mesmo, mas tenho certeza que é um atleta de muito potencial. Apesar do erro, ele está no caminho da evolução e eu acho que o que vale é o espírito do grupo e o quanto nos sacrificamos por ele. Sabíamos que se a classificação não viesse seria um peso grande para ele. Então, foi um sacrifício a mais que fizemos por ele.

SUBSTITUIÇÕES NA SEGUNDA ETAPA

— Voltamos do intervalo com o Emerson (Rodríguez), porque a gente sabia que ia precisar de um jogador mais potente. Poderíamos sacrificar muito o Payet, que estava muito bem no jogo. Ele é um atleta que está voltando ao melhor nível dele nos últimos jogos, inclusive hoje, mas precisava de alguém que marcasse no lado do campo. Os jogadores pelas laterais foram muito sacrificados, tanto David, quanto Piton, todos eles sentiram muito a intensidade. Então, decidimos trocar os atletas de lado, colocamos o Leandrinho que tem dado muito certo. Piton sentiu um pouco o pé e precisamos colocar o Victor Luis. PH também já estava debilitado, e o Puma é um jogador que tem uma ótima cobrança de pênalti. No final, seguramos um pouco mais, porque sabíamos que alguém poderia sentir câimbra e não voltar. Hugo também se sacrificou bastante e entramos com o Mateus Cocão. O importante é que todos entraram muito bem e conseguiram dar conta do recado. Isso mostra a força do grupo e nós ficamos muito satisfeitos por termos tantos atletas com capacidade de mudar o jogo.

EFETIVADO NO CARGO?

— Eu já me sinto treinador do Vasco. Estou há um bom tempo aqui e já consegui mostrar um trabalho aqui dentro. Não temos mais, internamente, conversas em relação a ser interino. Estamos tocando o clube da melhor maneira possível, junto com Pedrinho, Felipe, Marcelo, com os atletas. Tentamos resgatar a grandeza do Vasco. Então me sinto e sou treinador da equipe. O importante é estarmos construindo coisas melhores para a equipe.

Esporte News Mundo
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