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Uma seleção sem 'sotaque brasileiro'

O Terra fez um levantamento sobre quanto tempo cada jogador está no exterior

9 out 2018 - 14h42
(atualizado às 14h55)
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A falta de empatia entre boa parte dos brasileiros e a Seleção pentacampeã mundial de futebol é um assunto corrente faz anos e parece cada vez mais evidente. Há várias razões para isso, como a ausência de resultados expressivos nas últimas Copas ou as denúncias de corrupção que recaem sistematicamente contra a CBF. Mas é inegável que há um outro fator que intensifica esse vácuo – o distanciamento dos jogadores com o País.

Jogadores brasileiros após eliminação para a Bélgica na Copa do Mundo
Jogadores brasileiros após eliminação para a Bélgica na Copa do Mundo
Foto: Toru Hanai / Reuters

Para se ter uma ideia disso, basta checar a lista dos convocados pelo técnico Tite para os amistosos contra Arábia Saudita, nessa sexta (12), em Riade, e Argentina, dia 16, em Jidá – ambos na Arábia Saudita. Os 23 convocados estão em média 4 anos e meio sem jogar por um clube brasileiro. Ou seja, distantes da torcida e dos estádios do País.

Há na lista do treinador até quem nunca atuou como profissional por um clube nacional, como o goleiro Ederson, desde 2011 fora do Brasil.

Nesse levantamento feito pelo Terra não foi incluído o goleiro Phelipe, do sub-20 do Grêmio, que só foi convocado para ganhar experiência no convívio com seus colegas de Seleção.

Todos os outros 22 são contratados por clubes do exterior. Entre os que trabalham há mais tempo no estrangeiro está o lateral-esquerdo Filipe Luís, que saiu do Brasil em 2004 para jogar no Ajax. Depois, passou pelo Real Madrid Castilla, La Coruña, Atlético de Madrid, Chelsea e voltou para o Atlético de Madrid.

Filipe Luís está substituindo Marcelo. Assim como Lucas Moura entrou na vaga de Everton. Os dois dispensados constavam da relação inicial divulgada por Tite, mas estão em tratamento médico.

Confira esses dados:

Goleiros:

Alisson – 2 anos (2016 a 2018 – Roma e Liverpool)

Ederson - Como profissional, jamais jogou no Brasil (2011 até 2018 – Ribeirão, Rio Ave e Benfica, de Portugal, e Manchester City)

Defensores:

Alex Sandro – 6 anos (2012 até 2018 – Porto e Juventus)

Filipe Luís – 14 anos (2004 até 2018, Ajax, Real Madrid Castilla, La Coruña, Atlético de Madrid, Chelsea, Atlético de Madrid)

Fabinho – 6 anos (2012 até 2018 – Rio Ave, Real Madrid Castilla, Real Madrid, Monaco e Liverpool)

Éder Militão – 2 meses (Porto)

Danilo – 6 anos (2012 até 2018 – Porto, Real Madrid e Manchester City)

Pablo – 10 meses (Bordeaux)

Miranda – 7 anos (2011 até 2018 – Atlético de Madrid e Internazionale)

Marquinhos – 6 anos (2012 até 2018 – Roma e PSG)

Meio-campistas:

Arthur – 3 meses (Barcelona)

Casemiro – 5 anos (2013 até 2018 – Real Madrid Castilla, Real Madrid e Porto)

Fred – 5 anos (2013 até 2018 – Shakhtar Donetsk e Manchester United)

Philippe Coutinho – 8 anos (2010 até 2018 – Internazionale, Español, Liverpool, Barcelona)

Renato Augusto – 2 anos (2016 até 2018 – Beijing Guoan)

Walace – 1 ano (2017 até 2018 – Hamburgo e Hannover 96)

Atacantes:

Malcom - 2 anos (2016 até 2018 – Bordeaux e Barcelona)

Lucas Moura – 5 anos (2013 até 2018 – PSG e Tottenham)

Roberto Firmino – 7 anos (2011 até 2018 – Hoffenheim e Liverpool)

Neymar – 5 anos (2013 até 2018 – Barcelona e PSG)

Gabriel Jesus – 1 ano (2017 até 2018 – Manchester City)

Richarlison  - 1 ano (2017 até 2018 – Watford e Everton)

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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