Seis coisas que serão diferentes na Copa do Mundo 2026
Mais jogos, mais times, mais deslocamentos: Estados Unidos, Canadá e México vão sediar o maior mundial de futebol da história, com a participação de 48 seleções. A DW destaca seis mudanças na próxima edição do torneio.A gente piscou e uma nova Copa do Mundo já está batendo na porta. O mundial de futebol de 2026 ocorrerá de 11 de junho a 19 de julho nos Estados Unidos, no Canadá e no México. Será o maior evento da história do futebol. O Brasil estreia no dia 14 de junho, contra o Marrocos.
Abaixo, a DW lista seis novidades dessa edição do torneio.
1. Três países como anfitriões conjuntos
Normalmente, a Copa do Mundo é um evento sediado por um único país. A Copa de 2002 inovou quando Japão e Coreia do Sul — duas nações que nem sempre tiveram uma relação fácil — se uniram para sediar o torneio.
A Copa de 2026 vai além: Estados Unidos, Canadá e México serão anfitriões. Embora esses países geralmente mantenham boas relações, os laços dos EUA com Canadá e México ficaram mais tensos desde o início do segundo mandato do presidente americano, Donald Trump.
2. Mais times, mais jogos
Gostando ou não, a decisão de expandir a Copa do Mundo de 32 para 48 seleções foi ousada por parte do presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Mais equipes significa muito mais jogos: serão 104 partidas, contra 64 na Copa de 2022 no Catar . Isso também implica em 12 grupos de quatro times, em vez de oito. Foi adicionada uma fase extra de mata-mata — com 32 times — para reduzir o número de equipes até a final, marcada para 19 de julho em Nova Jersey. A partida decisiva será disputada no 39º dia do torneio, dez dias a mais do que a duração da Copa de 2022.
3. Novos participantes
Críticos argumentam que aumentar o número de seleções pode reduzir a qualidade geral dos jogos, mas isso permitiu que alguns países se classificassem para sua primeira Copa. Cabo Verde, Curaçao, Jordânia e Uzbequistão farão suas estreias no maior palco do futebol.
Entre eles, Curaçao é o "azarão". O país com menos de 160 mil habitantes ocupa a 82ª posição no ranking mundial.
Outros estreantes ainda podem se classificar nos playoffs de março — incluindo Macedônia do Norte, Albânia, Kosovo e Nova Caledônia.
4. Mais deslocamentos
Não é a primeira vez que uma Copa do Mundo ocorre em uma área geográfica tão ampla, mas as distâncias que equipes e torcedores terão de percorrer em 2026 serão um choque após o Catar, que é menor que Connecticut — o terceiro menor estado dos EUA.
Os locais mais distantes entre si são Vancouver, no Canadá, e Miami, nos Estados Unidos, separados por 4.507 km. A Alemanha , por exemplo, terá de percorrer 2.619 km apenas para jogar na fase de grupos, viajando de Houston (EUA) para Toronto (Canadá) e depois para Nova Jersey (EUA) — sem contar o trajeto até o campo-base, ainda não definido.
5. Pausas obrigatórias para hidratação
Embora as pausas para hidratação não sejam novidade no futebol, a Fifa anunciou que todos os jogos da Copa de 2026 terão duas pausas programadas, independentemente das condições climáticas. Os árbitros deverão interromper as partidas aos 22 minutos de cada tempo para que os jogadores se reidratem.
Antes, as pausas só eram obrigatórias aos 30 minutos quando a temperatura no início do jogo ultrapassasse 31 °C. A mudança ocorre devido a preocupações com altas temperaturas esperadas em algumas cidades-sede, como aconteceu no Mundial de Clubes.
6. Nem todos os torcedores serão bem-vindos
Dois países classificados para a Copa, Irã e Haiti, estão sob uma proibição de viagem anunciada por Trump em junho, o que significa que seus torcedores não poderão entrar nos EUA para apoiar suas seleções. Em dezembro, o presidente americano impôs restrições parciais a outros dois países classificados: Costa do Marfim e Senegal. As equipes não terão problemas para entrar, pois a ordem executiva faz exceções para atletas, técnicos e pessoal de apoio.
Além disso, há incertezas sobre onde os jogos serão realizados, já que Trump, que é republicano, ameaçou transferir partidas para fora de cidades governadas por democratas por "motivos de segurança".
Em reunião na Casa Branca, Infantino não contestou: "Segurança é a prioridade número um para uma Copa do Mundo bem-sucedida", disse.