Santos viaja ao RJ por Oswaldo; comissão e dívida atrapalham
O Santos está próximo de anunciar o retorno do técnico Oswaldo de Oliveira. O Terra apurou que o presidente Modesto Roma Júnior enviou nesta sexta-feira o superintendente de futebol do clube, Dagoberto dos Santos, ao Rio de Janeiro para se reunir e sacramentar um acordo com o treinador. Oswaldo já sinalizou positivamente para o salário de R$ 250 mil mensais, bem inferior ao que recebeu na passagem anterior pelo clube, no ano passado. A definição ainda esbarra no pedido de integrantes para a comissão técnica, além do parcelamento da dívida pela sua rescisão.
"De fato o Oswaldo é um dos treinadores que monitoramos, sim. É um dos, isso posso dizer, mas não houve contato nenhum. Precisaríamos, logicamente, saber das condições e ter cautela antes de tomar qualquer decisão", disse Modesto ao Terra.
O salário é bem inferior aos R$ 400 mil mensais que recebia no último ano do clube. Grande parte deles, por sinal, sequer foi pago, chegando a quase R$ 2 milhões em dívida. Clube e treinador tentarão desenhar um acordo sobre a forma como saldarão o valor pendente. Facilita o fato de não ter entrado na Justiça para receber.
Oswaldo ficou no Santos de janeiro a setembro do último ano e teve a demissão contestada por torcedores e até parte do elenco. Ele foi preterido pela antiga diretoria, encabeçada pelo ex-presidente Odílio Rodrigues. O experiente treinador comandou o time em 44 oportunidades na última passagem pelo clube. Foram 25 vitórias, nove empates e 10 derrotas, sendo que foi vice-campeão paulista. O técnico já tinha passagem pelo clube em 2005, quando também foi demitido.
A interrupção repentina da terceira passagem, que durou 237 dias, foi motivada pelo acúmulo de desgostos do Comitê Gestor do clube com o treinador. A gota d'água foi a interpretação de desprestígio ao centroavante Leandro Damião, principal contratação da história do clube, mas passou pela não digestão do vice-campeonato paulista para o Ituano, questionamentos sobre jogos em São Paulo e posicionamentos públicos sobre dificuldades relacionadas ao elenco.
Marcelo Fernandes, por sua vez, apesar da pressão pelos seis jogos sem vitórias após o título paulista, chegou mais de uma vez a ter os indícios de saída afastados por Modesto e deve ser mantido na comissão técnica fixa pela ótima relação que possui com Oswaldo.
Nomes como o de Gilson Kleina e Guto Ferreira, sugerido nos bastidores, causaram rejeição aos santistas. Marcelo Oliveira, por sua vez, bicampeão com o Cruzeiro, tem pedida superior ao teto salarial do clube e está próximo de ser anunciado pelo Palmeiras .