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Santos apresenta projeto de tokenização para pagar dívidas: "Ajudará e muito", diz Rueda

2 ago 2021 - 21h02
(atualizado às 21h02)
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O Conselho Deliberativo do Santos aprovou o projeto de tokenização do mecanismo de solidariedade da Fifa em reunião virtual realizada na noite desta segunda-feira. A provável empresa parceira é a MBDA.

O mecanismo reserva até 5% do valor de todas as transferências internacionais para os clubes formadores. O Peixe utilizará prováveis receitas futuras, como de Neymar e Rodrygo, para disponibilizar a investidores e conseguir dinheiro agora. A "cesta" terá cerca de 30 atletas.

Em situação financeira difícil, o Alvinegro obtém receita imediata, enquanto os compradores dos tokens esperam por negociações e podem lucrar ou não no futuro. O dinheiro será utilizado ainda no terceiro trimestre para o pagamento de dívidas. O Estatuto Social não permitiria a reversão dessa engenharia para reforços.

"Token é uma moeda virtual. Não é real, dólar ou euro, mas moeda virtual atrelada a algum ativo. Propomos implementar a tokenização do mecanismo de solidariedade. Mecanismo é receita provável. Não é certeza de acontecer ou não. Todo jogador oriundo da base quando é vendido vem esse mecanismo. Santos tem percentual da venda pela geração desse craque. Varia de 0,5% a 5%. Quando Neymar foi vendido, Santos foi ressarcido. Acontece com qualquer jogador gerado na nossa base. Queremos tokenizar essa receita que pode acontecer ou não. Queremos criar um conjunto de jogadores que já foram vendidos e podem ser vendidos para outros clubes. Montamos uma cesta de cerca de 30 jogadores e vamos valorizar essa cesta. Quanto vale em retorno de mecanismo de solidariedade? Temos uma empresa parceira que faz o cálculo final dessa cesta. Calcula a idade, a posição, campeonato de atuação, valor dos atletas e possibilidade de transferência. Chega-se a um valor dessa cesta. Vamos imaginar 20 milhões de reais. A gente emite virtualmente 1 milhão de tokens. Cada token custaria 20 reais, por exemplo. E aí pode haver lucro ou até uma revenda no mercado secundário", disse o presidente Andres Rueda, ao Conselho.

"Podemos dar desconto no token para que comprem e faremos uma enorme campanha publicitária. Como é feita a divisão do valor? 5% é taxa de administração da plataforma. A empresa gere o saldo, a distribuição virtual e o resgate. Essa empresa se compromete a comprar 30% dos tokens. Santos sempre vai ter 20% dos tokens na mão. Isso garante ao investidor que o Santos não vai largar a operação. 45% disponibilizado no mercado. Então será 45% pera o mercado, 30% comprado antecipadamente pela empresa, 20% na mão do Santos e 5% de administração. As pessoas vão poder comprar pelo valor pré-definido e risco do Santos é zero. Operação antecipa prováveis recebíveis. O risco do investidor é comprar e nenhum jogador ser vendido. O nosso estatuto permite antecipação de recebíveis para pagar dívida. Toda receita vai para o pagamento de dívidas. Vasco e Cruzeiro implementaram a tokenização. Nós ainda vamos definir a quantidade de tokens, atletas e valor da cesta, mas ideia é essa. Imaginamos lançar em 45 dias. Ajudará e muito na receita do clube. Temos que nos reinventar para achar receitas", completou.

Anteriormente, o Santos também viabilizou, em junho, a aprovação dos conselheiros para o funding: o Peixe apresentou um modelo financeiro para empréstimo bancário, com parecer favorável da Comissão de Estatuto. O objetivo é captar recursos financeiros com empresários para resolver dívidas urgentes de curto prazo junto a bancos. O projeto está sendo executado.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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