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Série C: título sofrido é a cara do Santa Cruz e de Caça-Rato

1 dez 2013 - 21h45
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Muitos torcedores teriam pesadelo ao ouvir falar da possibilidade de seu time conquistar o título brasileiro da Série C, mas a apaixonada torcida do Santa Cruz esperou quase 100 anos e debaixo de chuva comemorou um título que deixa ainda mais para trás as lembranças dos seguidos rebaixamentos que levaram o time à Série D e fizeram correr rios de lágrimas. Neste domingo, no Arruda, sem os ingressos gratuitos do programa Todos com a Nota, mais de 33 mil pessoas comemoraram pela primeira vez um título nacional e pela segunda neste torneio um gol heroico do atacante Flávio Caça-Rato.

<p>Mesmo sem ingressos gratuitos e com televisionamento por duas emissoras, Arruda recebeu mais de 33 mil torcedores na partida do título</p>
Mesmo sem ingressos gratuitos e com televisionamento por duas emissoras, Arruda recebeu mais de 33 mil torcedores na partida do título
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Os resultados sempre sofridos mesmo quando o Santa Cruz consegue vitórias importantes parecem mesmo ser a marca deste time. O símbolo deste elenco dentro de campo acabou fazendo o gol da classificação para a Série B e também o do primeiro título nacional: Flávio Caça-Rato. A vitória na final contra o Sampaio Corrêa parecia certa quando ele ampliou no início do segundo tempo o placar que tinha sido aberto em rebote aproveitado pelo volante Dedé no primeiro tempo. Mas a chuva chegou, e Cleitinho fez 2 a 1 aos 34min da etapa final somente para dar a dramaticidade e deixar o goleiro Tiago Cardoso mostrar porque é o mais regular jogador do elenco desde o início da campanha de recuperação tricolor, com o título pernambucano de 2010.

A jogada do título saiu aos 30s do segundo tempo. O Sampaio Corrêa saia pela direita, mas Renatinho se jogou em uma voadora na bola e conseguiu roubá-la, Dedé mandou para a área, a zaga tentou desviar, mas Caça Rato acabou sendo presenteado ao ter a chance de finalizar no que seria conhecido no basquete como o seu “secret spot”. À esquerda da barra, meio sem ângulo, próximo da linha da pequena área, foi dali que havia saído a cabeçada que garantiu a classificação tricolor para a Série B e foi do mesmo lugar que ele desviou para tirar do goleiro e correr para a torcida gritando: "Eu estou aqui, eu estou aqui".

Após chute de Luciano Sorriso, Dedé aproveitou o rebote e abriu o marcador no primeiro tempo
Após chute de Luciano Sorriso, Dedé aproveitou o rebote e abriu o marcador no primeiro tempo
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Caça-Rato tentou mudar seu apelido para Flávio Recife, mas a torcida do Santa Cruz nunca deixou a alteração acontecer. Os tricolores gostam de saber que na miséria em que cresceu o atacante já era bom atirador com um estilingue. Por isso o apelido estranho. E a frase famosa na boca de Cristiano Ronaldo vai marcar esse primeiro título do Santa Cruz, mas curiosamente o jogador entrou com a camisa 20 em campo e a sete ficou justamente com Dedé, autor do primeiro gol.

Mais do que Caça-Rato, talvez só o treinador Vica possa ser responsabilizado pelo título nacional em 2013 .“Nós tínhamos uma missão e ela foi cumprida. Hoje sim com o título. Missão dada é missão cumprida”, brincou o treinador, após a vitória por 2 a 1 sobre o Sampaio Corrêa. O time havia perdido a chance de chegar à Série B no ano passado e passou por momentos difíceis durante a fase de classificação, mas a chegada do técnico foi fundamental para a obtenção da vaga para as quartas de final e para a sequência excelente nos mata-matas.

Vica nunca aceitou as regalias de Dênis Marques, que marcou 41 gols em dois anos pelo time e parecia intocável mesmo com as constantes faltas aos treinos e a indisciplina que já era conhecida desde os tempos de Atlético-PR e Flamengo. Mas teve a sorte de contar com um inspirado retorno do centroavante André Dias e nas finais com a estrela do mais do que nunca iluminado Flávio Caça-Rato. Com o título, mostrou que estava certo ao barrar o antes intocável DM9 e vence, pelo menos por enquanto, a sua batalha pelo profissionalismo. Que seja eterno enquanto dure.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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