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Queda afeta até venda de bolinhos de bacalhau no Canindé

12 nov 2014 - 09h20
(atualizado às 11h44)
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Depois de confirmar o rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro com cinco rodadas de antecedência, a Portuguesa registou o seu menor público na competição nesta terça-feira. Apenas 374 torcedores compareceram ao Canindé para acompanhar o melancólico empate por 0 a 0 com o ABC. A falta de movimentação no estádio tem afetado até mesmo a tradicional venda de bolinhos de bacalhau.

Para atender ao público português que comparece ao estádio, o bar Caldo Verde sempre serviu a iguaria no local. No ano em que o clube mergulhou em sua pior crise na história, porém, o vendedor Jucimar, que trabalha no estabelecimento, reclama bastante da movimentação nos arredores no Canindé.

"Até o ano passado a gente ainda conseguia chegar aos 300 bolinhos vendidos, mas esse ano não consegue completar nem meia caixa, não passa de 100", confidenciou o vendedor à reportagem, enquanto atendia os poucos clientes que pareciam mais preocupados com a comida do que com o jogo que seria realizado pouco depois no estádio.

Jucimar trabalha no local há seis anos, e tem saudades dos anos em que a Portuguesa disputou a primeira divisão, mas ainda assim rechaça a possibilidade de não abrir o estabelecimento no último jogo da equipe nesta Série B: um duelo ainda mais melancólico contra o Vila Nova, que também deve estar rebaixado à terceira divisão, no dia 29 de novembro.

A fama construída pelo bolinho de bacalhau ao longo do tempo, despertando a curiosidade daqueles que visitam o Canindé pela primeira vez, não foi capaz de superar a crise vivida pela equipe ao longo desta temporada. De acordo com o vendedor, desde o Campeonato Paulista, no qual a Portuguesa chegou a também brigar contra o rebaixamento, o movimento estava fraco.

No pior ano de vendas do tradicional estabelecimento nas imediações do Canindé, Jucimar não coloca a culpa apenas no mau desempenho da Portuguesa. O vendedor acredita que a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros também contribuiu para o movimento mais fraco.

"O bolinho (de bacalhau) combina com cerveja, mas o cara chega aqui, pergunta se tem uma cerveja para acompanhar, e eu falo que não posso vender. Aí o cara corre para o outro lado da rua e bebe antes de entrar no estádio. E isso não adianta nada, pois o torcedor que quiser fazer coisa errada vai fazer mesmo sem bebida", completou o comerciante rubro-verde.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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