Presidente quer parceria por arena e nega venda do Canindé
O presidente Ilídio Lico não pretende se desfazer integralmente do Canindé para amenizar a grave crise financeira da Portuguesa. O plano é ceder parte do terreno do clube para exploração comercial em troca da transformação do estádio em uma arena compacta e moderna.
"Não sou favorável à venda, e sim à formação de parcerias. Não há nada concreto, e quero que isso fique bem claro, mas existem propostas para construirmos uma arena e mais oito prédios - um comercial, um hotel, coisas assim", contou Lico.
O dirigente aproveitou o tema para assegurar que a Portuguesa não perderá a casa. "Não temos o pensamento de vender o Canindé. Estamos lá há muitos anos. Seria ruim sair. É algo que não está cogitado. Mas vamos analisar as propostas que vierem. Se alguma for fechada, será da forma que falei", enfatizou.
Atolada em dúvidas, a Portuguesa estuda outras ações para se reestruturar. Uma delas é apostar em jogadores revelados nas categorias de base para a próxima temporada, que terá que disputar de Série C do Campeonato Brasileiro. Para Lico, o fracasso em campo em 2014 se tornou previsível depois do rebaixamento à segunda divisão em 2013, sacramentado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
"Em fevereiro, eu já dizia que, se caíssemos para a Série B, praticamente iríamos para a C. Porque temos uma estrutura que gasta R$ 300 mil, e arrecadação com televisão passou a ser de R$ 270 mil, enquanto receberíamos milhões na Série A. Agora, imagine como é possível fazer futebol com essa quantia e uma estrutura tão grande. É difícil, e vai ser pior ainda", lamentou.