Perigoso, luge já matou em outras Olimpíadas de Inverno
Veloz, vulnerável e arriscado. Assim é o luge, modalidade esportiva em que o atleta deita o corpo em um trenó e, esticado, percorre um trajeto de curvas e retas em velocidade que pode atingir até 140 km/h. Por ser considerado perigoso, demorou a ser incluído no programa olímpico, o que aconteceu apenas 20 anos depois do início das disputas, em 1964. Mesmo assim, foi o causador de duas das quatro mortes registradas em toda a história dos Jogos.
A primeira aconteceu logo na estreia da modalidade nos Jogos de Inverno de Innsbruck, na Áustria, com o polonês naturalizado britânico Kazimierz Kay-Skrzypeski. O atleta, 50 anos, sofreu fraturas na bacia e morreu depois de perder o controle do trenó durante um treinamento realizado a duas semanas do início da competição.
Já a segunda foi registrada nesta sexta-feira, véspera do início das disputas dos Jogos de Inverno de Vancouver, com o georgiano Nodar Kumaritashvili. O atleta, 21 anos, treinava no Whistler Slide Center quando perdeu o controle do trenó e bateu em uma haste quando fazia uma curva a 144 km/h. Foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Além destas mortes, mais dois atletas morreram em outras edições dos Jogos de Inverno. Também em 1964, o australiano Ross Milne saiu do curso e bateu em uma árvore quando treinava a modalidade downhill para Innsbruck. Já em 1992, o suíço Nicolas Bochatay perdeu a vida quando se preparava para a final de esqui de velocidade, modalidade de exibição daquele evento. Em alta velocidade, bateu contra uma máquina que estava na pista.
Entenda o caso
O georgiano Nodar Kumaritashvili, 21 anos, morreu nesta sexta-feira após sofrer um grave acidente no treinamento do luge, no Whistler Sliding Center. O atleta estava em uma velocidade de 144 km/h quando perdeu o controle de seu trenó, bateu contra a parede de gelo e, depois, contra uma haste na pista.
A equipe médica dos Jogos de Vancouver tentou realizar procedimentos de reanimação, como massagem cardíaca e respiração boca a boca, antes de chamar um helicóptero para transferir Kumaritashvili ao hospital. O atleta, que havia iniciado a carreira profissional há dois anos, teve a morte anunciada horas depois pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).