Pelo Brasil, Soubak "vira casaca", ignora Dinamarca e recusa rótulos
13 dez2011 - 18h29
(atualizado em 14/12/2011 às 00h22)
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Felipe Held
Direto de São Paulo
A possibilidade de ver seu país avançar às semifinais do Campeonato Mundial feminino de handebol não empolga, nem um pouco, o técnico dinamarquês Morten Soubak. Focado na possibilidade de fazer história com a Seleção Brasileira, o bem humorado comandante se mostrou indiferente com o embate da equipe nórdica na quarta-feira e afirmou estar pensando apenas na Espanha, rival do time verde-amarelo.
Nesta terça, todos os técnicos das oito seleções classificadas para as quartas do Mundial de São Paulo concederam entrevistas no Ginásio do Ibirapuera. Todos tentavam, de alguma maneira, empurrar o favoritismo para uma ou outra equipe. Soubak rejeitou qualquer rótulo, especialmente em relação ao Brasil, anfitrião que entra em quadra às 20h para pegar a Espanha. A vitória asseguraria uma vaga inédita nas semis para a equipe nacional.
"Eu já trabalhei em televisão como comentarista e é assim que funciona o esporte. Para os jornalistas é muito fácil dizer que um ou outro time é favorito. É muito simples, e os treinadores vão tentar sempre empurrar isso para o outro lado", comentou Soubak. "Mas os oito países que chegaram aqui são muito fortes, não vejo favoritismo para ninguém", discursou.
Antes da partida entre Brasil e Espanha, a Dinamarca disputa às 14h30, também no Ibirapuera, uma das quartas de final contra a surpreendente equipe de Angola. Soubak, sempre descontraído, não hesitou ao falar do sentimento de ver seu país em uma decisiva partida na competição no Mundial.
"A verdade é que não me interessa muito esse jogo, não estou ligando para a Dinamarca", assegurou Soubak, que arrancou risadas dos jornalistas de todos os países presentes na entrevista e não agradou muito a membros da imprensa dinamarquesa. "Tenho toda a cabeça voltada para o Brasil", disse.
Dinamarca e Angola estão do outro lado da chave final do Mundial de handebol, e os dois países só se cruzariam com o Brasil de Soubak em uma eventual final. O Brasil, se passar pela Espanha, terá pela frente o vencedor do duelo entre Noruega e Croácia, que disputam na quarta-feira, às 17h15, o terceiro jogo de quartas de final do torneio.
Promessa do handebol brasileiro, a ponta esquerda Samira tem se destacado no Campeonato Mundial feminino em São Paulo pela habilidade demonstrada em quadra e, também, pelo visual arrojado, lembrando até o atacante santista Neymar
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Samira decidiu raspar as laterais da cabeça e deixou somente um moicano de cabelos cacheados; ela disse ter se inspirado na popstar Rihanna, mas acabou sendo chamada de Neymar pelas companheiras de Seleção
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Durante as partidas da Seleção Brasileira, a torcida paulista no Ginásio do Ibirapuera eventualmente sugere que as jogadoras "toquem para a Neymar", em referência a Samira
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Camisa 4, Samira é reserva da ponta esquerda Fernanda, artilheira do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Pernambucana, 22 anos, Samira não esconde a vaidade quando fala do visual: "eu sou um camaleão, gosto de variar muito, mostrar meu charme"
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Em cinco jogos no Mundial, Samira já marcou 14 gols para o Brasil
Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia / Divulgação
"Independentemente de ser atleta, sou vaidosa e quero estar bonita. Minha personalidade é intocável, mas também quero que meu visual chame a atenção. Por isso estou sempre mudando", comentou Samira
Foto: Edson Lopes Jr. / Divulgação
Além de estilosa, Samira também possui um grande talento e, segundo as próprias companheiras de time, tem potencial para ser uma das melhores do mundo
Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia / Divulgação
Samira começou a carreira ainda adolescente no Clube Português, no Recife; atualmente, ela defende o Hypo, da Áustria
Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia / Divulgação
A ponta pernambucana não se acha parecida a Neymar, mas aceitou o apelido: "ele é um grande atleta", declarou Samira
Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia / Divulgação
"Ela é a nossa Neymar, uma garota de muito estilo e carisma, muito alegre. É a palhaça do grupo", disse a pivô Dani Piedade (à direita), companheira de time e de Seleção de Samira
Foto: EFE
Samira diz que só se achou parecida com Neymar quando, certa vez, descoloriu o moicano
Foto: AP
Além do moicano, Samira ainda possui um charmoso piercing no nariz e mais nove tatuagens espalhadas pelo corpo
Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia / Divulgação
Até o final de 2011, Samira pretende fazer sua décima tatuagem - com algum significado relacionado à participação no Mundial de handebol