Sem futuro definido, Kleina já se alegra com passagem pelo Palmeiras
Gilson Kleina promete definir o futuro ainda nesta semana, mas já vê sua trajetória do Palmeiras só com bons olhos. Enquanto decide se aceita a redução salarial proposta pela diretoria para renovar, o técnico olha o troféu da Série B do Brasileiro que levantou no sábado como a conclusão de uma ressurreição do clube e particular.
"Participamos de uma reconstrução", definiu o treinador, que mostrou ainda ter vivas na memória as imagens do jogo que definiu o rebaixamento do time, em 18 de novembro de 2012, no empate com o Flamengo em Volta Redonda (RJ).
"Saímos cabisbaixos de lá. Nunca viva tanta polícia. Viemos de ônibus na (rodovia) Dutra até a Academia de Futebol. Antes, vi o vestiário mais triste que já presenciei em toda a minha vida", recordou.
O título da segunda divisão nacional, mesmo desprezado por boa parte da torcida, é o maior da carreira de Kleina, que, até agora, só tinha o Campeonato Alagoano de 2006 no currículo. Levantar a taça no primeiro grande clube em que trabalhou como técnico é motivo de orgulho.
"Vi em Campo Grande (depois da goleada sobre o Ceará, no jogo da entrega do troféu da Série B, no sábado) o vestiário mais feliz que já presenciei na vida. Volta o campeão para a elite por mérito de todos. Foi uma reconstrução desde a queda e uma evolução na minha carreira. Foi dado um passo por vez. O Palmeiras está de parabéns", celebrou.
O tom do treinador, contudo, pode não ser de despedida. Chateado após ouvir a proposta de redução salarial com prêmios maiores na conquista de objetivos, feita pela diretoria na quinta-feira, Kleina teve uma nova conversa antes do jogo de sábado e se mostrou mais animado. A ideia de seu empresário é definir a situação até quarta-feira.