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Paulo Nobre renuncia ao cargo de conselheiro vitalício do Palmeiras

Ex-presidente se afasta da política do clube em noite com punições a membros da oposição pelo 'caso Blackstar'

2 ago 2019 - 10h49
(atualizado às 12h28)
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O ex-presidente do Palmeiras Paulo Nobre renunciou na noite desta quinta-feira ao cargo de conselheiro vitalício do clube. Insatisfeito com os bastidores e a política do Palmeiras, o dirigente entregou uma carta de renúncia durante a reunião do Conselho Deliberativo. O encontro selou ainda a votação de uma sindicância interna sobre o caso Blackstar, uma empresa que queria patrocinar o clube no lugar da Crefisa, e a suspensão por um ano do ex-vice do clube, Genaro Marino Neto.

Nobre não comparece às reuniões do clube desde o fim do mandato como presidente, em dezembro de 2016. Desde então o antigo aliado político dele, Mauricio Galiotte, é quem tem comandado o Palmeiras. O ex-presidente tem viajado pelo mundo para disputar provas de rali, sua outra paixão, e segundo pessoas próximas dele, está decepcionado com política do Palmeiras. Ele rompeu relações com Galiotte.

A reunião no Conselho Deliberativo teve como objetivo apreciar o relatório feito por um grupo de conselheiros sobre o caso Blackstar, empresa com sede em Hong Kong que se apresentou como possível candidata a patrocinar a clube. O episódio, ocorrido no ano passado, foi às vésperas da eleição presidencial de novembro. A proposta de anúncio de R$ 1 bilhão e de um contrato de dez anos foi apresentada na ocasião por Genaro Marino Neto, candidato de oposição ao mandatário Galiotte.

O Palmeiras decidiu não levar adiante a conversa após a diretoria avaliar que a Blackstar apresentou documentos falsos de garantias bancárias, conforme noticiou o Estadão. A negociação com a patrocinadora foi encerrada e o clube renovou com a Crefisa semanas depois. Na mesma época, conselheiros da situação fizeram um requerimento e receberam a autorização para abrir uma sindicância para apurar o assunto por considerarem que a chapa de oposição apresentou a proposta para interferir na disputa eleitoral.

A proposta de patrocínio foi apresentada por Genaro, com a atuação de Paulo Nobre na intermediação com a Blackstar por ter emprestado o escritório para ser realizada uma reunião. Outros dois conselheiros do Palmeiras também participaram das conversas: Ricardo Galassi e José Carlos Tomaselli. Todos viraram alvo da sindicância interna, que terminou com um relatório e a sugestão de punições para cada um dos envolvidos.

Na votação no Conselho Deliberativo na noite desta quinta-feira, 122 conselheiros concordaram com as sanções, 76 votaram contra e houve 27 abstenções. Genaro foi suspenso por um ano, enquanto Galassi e Tomaselli receberam apenas advertências. Paulo Nobre pediu seu afastamento.

Estadão
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