Gresini se exibe para 2023 com Di Giannantonio e Álex Márquez para reter brilho
A equipe de Nadia Padovani mostrou as cartas de que dispõe para a temporada 2023 neste sábado (21) para cumprir uma dura missão: manter o protagonismo conquistado por Enea Bastianini em 2022
Depois de a Yamaha dar o pontapé na temporada de apresentações, chegou a vez de a Gresini exibir as motos com que vai disputar a temporada 2023 da MotoGP. Diferente da casa de Iwata, porém, a equipe comandada por Nadia Padovani chega com o line-up 50% repaginado. E é aí que reside o grande desafio.
A equipe de Faenza brilhou no ano passado nas mãos de Enea Bastianini. Segundo piloto que mais venceu em 2022 — atrás apenas do campeão Francesco Bagnaia —, o italiano garantiu o salto para a estrutura de fábrica da Ducati, deixando a porta aberta para a chegada de Álex Márquez, que deixou a LCR Honda.
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Veterano na MotoGP — já que vai para a quarta temporada na classe rainha do Mundial de Motovelocidade —, o caçula dos irmãos de Cervera guiou apenas motos Honda até aqui, mas é um daqueles casos de quem 'caiu para cima'. O irmão de Marc tinha um contrato de fábrica com a Honda, mas a RC213V não está em um bom momento em termos de competitividade, enquanto que a Desmosedici tem sido a melhor do grid nos últimos anos.
Assim, Álex tem diante de si a oportunidade da carreira: é a chance de assumir uma moto altamente competitiva, descolar do caminho feito pelo irmão e mostrar a que veio na MotoGP. No entanto, ele tem também uma enorme responsabilidade: preencher o lugar deixado vago por Bastianini, o que não será fácil, já que o italiano foi muito bem com a equipe fundada por Fausto Gresini.
Do outro lado da garagem, segue Fabio Di Giannantonio. Escolha original de Fausto apesar de não ter feito nada tão brilhante assim nas classes menores, o italiano vai para o segundo ano na divisão principal tendo no currículo uma inesperada pole-position no GP da Itália, o oitavo lugar no GP da Alemanha como melhor resultado de 2022 e a 20ª colocação no Mundial de Pilotos.
Não impressiona e, por isso, natural que o peso maior esteja nos ombros de Álex, campeão em Moto3 e Moto2. Um alento ao espanhol é que ele terá nas mãos a GP22, a moto do ano passado da Ducati, o que só pode ser uma boa notícia. Afinal, a casa de Bolonha faturou a tríplice coroa.
Bastianini partiu deixando o sarrafo lá em cima, mas, ao menos em termos de equipamento, a Gresini tem o que é necessário para tentar manter o protagonismo entre as equipes satélites. 2023 vai dizer se os pilotos conseguirão repetir o feito do italiano que foi terceiro colocado no Mundial de Pilotos.
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